Vaticano, 14 de fev de 2014 às 09:01
Na manhã de hoje foi anunciada na Santa Sé a realização do Simpósio "Sacrosanctum Concilium”. “Gratidão e empenho por um grande movimento eclesial", organizado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e que celebra os 50 anos desta Constituição Conciliar sobre a Sagrada Liturgia promulgada pelo Papa Paulo VI em 4 de dezembro de 1963.
O congresso, em colaboração com a Universidade Lateranense, será celebrado em Roma, na Pontifícia Universidade Lateranense, de 18 a 20 de fevereiro.
Na conferência de imprensa participou o Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Arcebispo Arthur Roche; o Subsecretário, Dom Juan Miguel Ferrer Grenesche; e o professor de História da Igreja Moderna e contemporânea na Pontifícia Universidade Lateranense, Philippe Chenaux.
Dom Ferrer Grenesche leu o texto do Prefeito do dicastério, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, quem recordou que o Concílio é “um convite à Igreja a ser ela mesma, assim como Deus a quis e a criou, e a atuar de uma maneira consistente com as vocações e a missão que o mesmo Deus a deu”.
“Com o início centrado no tema da Liturgia se enfatizava inequivocamente a primazia de Deus na vida da Igreja: em primeiro lugar Deus... porque quando a atenção em Deus não é o principal, todo o resto carece de sentido”, acrescentou.
Os Padres do Concílio Vaticano II, ao demonstrar esta prioridade aprovando em primeiro lugar a Constituição Sacrosanctum Concilium deixavam claro que “o primeiro é a adoração: Deus acima de tudo. Partindo, pois, com o tema da liturgia, todo o Conselho ficou explicitamente sob a luz da primazia de Deus e destacando-o, ao mesmo tempo, como uma referência segura do caminho a seguir para o futuro”.
Sobre a gratidão e o compromisso, acrescentou que “temos, de fato, que agradecer a Deus este primeiro fruto do Concílio... não só pela Constituição em si mesma, mas também pelo dinamismo de renovação da Igreja que dela emana e continuará irradiando. Ao mesmo tempo, requer-se hoje em dia, por nossa parte, um compromisso urgente de continuar aprofundando na renovação litúrgica querida pelo Concílio Vaticano II, na qual já se fez muito - é verdade -, mas ainda fica muito por fazer”.
O Simpósio terá uma parte de reflexão teológica e pastoral, oferecerá um importante lugar às celebrações e aos momentos de oração, e contará, do mesmo modo, com espaço para a beleza da arte ao serviço da liturgia representada com concertos e exposições. Os participantes encontrarão o Papa Francisco na quarta-feira 19 de fevereiro durante a Audiência Geral.