O diretor do Centro de Estudos Legais do Catholic Family and Human Rights Institute (C-FAM), Stefano Gennarini, recordou recentemente a permanente campanha de Hillary Clinton, esposa do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e a ex-secretária de Estado durante o segundo governo de Barack Obama, para que o aborto seja legal em todo o mundo.
 
Em um artigo publicado no site do C-FAM, Gennarini indicou que “vinte anos depois de que os Clinton não conseguiram que os países declarassem o direito ao aborto, a Sra. Clinton disse a um exclusivo público na ONU que a humanidade não pode avançar sem direitos reprodutivos”.
 
Clinton, assinalou Gennarini, declarou que “não se pode avançar em igualdade de gênero ou em um desenvolvimento humano mais amplo sem proteger a saúde ou os direitos reprodutivos das mulheres”.
 
O diretor de C-FAM assegurou que “Clinton não retrocede na posição de que a saúde reprodutiva inclui o aborto”.
 
A líder, com grandes chances de ganhar a nominação presidencial democrata em 2016 foi a atração principal no Dia Internacional da Mulher na sede da ONU a inícios de março deste ano, indicou Gennarini.
 
O líder pró-vida advertiu que Hillary considera como verdade fundamental que “os direitos reprodutivos (incluindo o direito ao aborto) são o ponto de partida para uma agenda de desenvolvimento bem-sucedida”.

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Entretanto, Gennarini indicou que “muitos países não compartilham essa verdade” sustentada pelos Clinton, e recordou que “a mais recente conferência da ONU sobre desenvolvimento, celebrada em 2012 enquanto Clinton era Secretária de Estado, nem sequer mencionou os direitos reprodutivos, antes bem, fez insistência no desenvolvimento socioeconômico”. 
 
O diretor do Centro de Estudos Legais do C-FAM denunciou também que “as políticas de direitos reprodutivos canalizaram milhares de milhões de dólares para agrupamentos que praticam ou promovem o aborto”.
 
Gennarini criticou que “os grupos que se ocupam de melhorar a saúde materna (um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que menos avanços teve) queixam-se de que os países doadores subvencionam generosamente os projetos de direitos reprodutivos enquanto fica atrás a preservação da vida das mulheres no parto”.
 
“As medidas vitais para melhorar a saúde materna, como a atenção obstétrica de emergência e a atenção do parto por pessoal qualificado, recebem escassa atenção dos defensores dos direitos reprodutivos, mais preocupados com uma ampla agenda em busca da autonomia e da libertinagem sexual”.
 

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O líder pro-vida indicou que “diante dos logros de Hillary Clinton como esposa de um político poderoso e em sua própria carreira, ela segue sendo uma figura que polariza. Enquanto se intensifica nas sombras sua campanha pela nominação presidencial democrata de 2016, ela pode estar encarando esta como mais uma oportunidade para converter o aborto em direito humano”.