ROMA, 31 de mar de 2014 às 15:08
Sawan Masih, um jovem cristão do Paquistão, foi condenado à morte acusado de blasfemar contra o profeta Maomé. O caso recorda ao da católica também acusada de blasfêmia no Paquistão Ásia Bibi, que enfrenta uma sentença parecida.
Sawan Masih terá 30 dias para apresentar sua apelação à sentença recebida.
Segundo seus acusadores, Sawan Masih fez comentários depreciativos contra o profeta Maomé, fundador do Islamismo, em uma discussão com um amigo muçulmano. No Paquistão, 97 por cento da população é muçulmana, e existe uma severa Lei da Blasfêmia que contempla a pena
de morte.
Depois do incidente pelo qual foi condenado à morte, a colônia cristã onde vive com a sua família foi atacada e incendiada por cerca de 3 mil muçulmanos.
Duas igrejas foram atacadas e dezenas de Bíblias foram destruídas durante o ataque.
O pai de Sawan, Chapman Masih, disse à BBC que “meu filho é inocente, não estamos sendo tratados justamente”.
Apesar de que diversos críticos tenham denunciado o uso injusto da Lei de Blasfêmia no Paquistão, as pessoas que tentaram reformas sofreram a violência do extremismo muçulmano.
Em 2011, o ministro federal para as minorias religiosas no Paquistão, o católico Shahbaz Bhatti, foi assassinado por extremistas talibãs, como uma mensagem para aqueles que tentavam modificar a Lei de Blasfêmia.