Sawan Masih, um jovem cristão do Paquistão, foi condenado à morte acusado de blasfemar contra o profeta Maomé. O caso recorda ao da católica também acusada de blasfêmia no Paquistão Ásia Bibi, que enfrenta uma sentença parecida.

Sawan Masih terá 30 dias para apresentar sua apelação à sentença recebida.

Segundo seus acusadores, Sawan Masih fez comentários depreciativos contra o profeta Maomé, fundador do Islamismo, em uma discussão com um amigo muçulmano. No Paquistão, 97 por cento da população é muçulmana, e existe uma severa Lei da Blasfêmia que contempla a pena
de morte.

Depois do incidente pelo qual foi condenado à morte, a colônia cristã onde vive com a sua família foi atacada e incendiada por cerca de 3 mil muçulmanos.

Duas igrejas foram atacadas e dezenas de Bíblias foram destruídas durante o ataque.

O pai de Sawan, Chapman Masih, disse à BBC que “meu filho é inocente, não estamos sendo tratados justamente”.

Apesar de que diversos críticos tenham denunciado o uso injusto da Lei de Blasfêmia no Paquistão, as pessoas que tentaram reformas sofreram a violência do extremismo muçulmano.

Em 2011, o ministro federal para as minorias religiosas no Paquistão, o católico Shahbaz Bhatti, foi assassinado por extremistas talibãs, como uma mensagem para aqueles que tentavam modificar a Lei de Blasfêmia.
 

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