Brendan Eich, co-fundador e novo CEO (diretor executivo) da Fundação Mozilla, criadora do navegador Firefox, viu-se obrigado a renunciar após intensa campanha que ativistas  empreenderam contra ele. O motivo: ter colaborado com uma iniciativa que buscava proteger o matrimônio entre homem e mulher.

Eich, também criador da linguagem de programação JavaScript, converteu-se em alvo de diversos ativistas homossexuais depois de ser nomeado CEO da Mozilla no último 25 de março, porque em 2008, fez uma doação de mil dólares para a campanha que apoiava a Proposição 8 na Califórnia, que procurava definir o matrimônio como a união entre um homem e uma mulher.

O ativista homossexual Hampton Catlin, CEO da empresa de aplicativos Rarebit e criador da Wikipédia Mobile, publicou uma declaração na qual advertiu que ele e seu “marido” não apoiariam mais a Mozilla depois que ficaram sabendo do novo cargo de Eich.

“Como somos um casal gay que até pouco tempo não podíamos casar-nos na Califórnia, moralmente não podemos apoiar uma fundação que não está apenas sendo dirigida por alguém com visões de ódio, mas ainda o promove e o coloca como encarregado de toda a organização”, escreveu Catlin.

O empresário gay alegou que não se pode “promover a carreira de um homem que até hoje não se desculpou pelo seu apoio” à Proposição 8, que foi finalmente revertida pela Corte Suprema dos Estados Unidos.

OkCupid, um dos sites de relacionamentos online mais famosos da Internet, também se juntou à campanha pela destituição de Eich, pedindo aos usuários do Firefox para que mudem de navegador antes de continuar visitando o seu site.

Diversos empregados da Mozilla se juntaram a estas pressões e, através das redes sociais, e em especial do Twitter, exigiram ao novo diretor que renuncie.

Em 2012, Brendan Eich já tinha respondido aos questionamentos por sua doação à iniciativa pró-vida. Então assegurou que “não constituiu evidência de animosidade” contra as pessoas homossexuais e lamentou por ser atacado sem “argumentos racionais”.

Um dia depois de sua nomeação como CEO da Mozilla, Eich publicou um comunicado no qual assegurou respeitar as políticas da companhia e “trabalhar ouvindo as comunidades e aliados LGBT (lésbicas, gay, bissexuais e transexuais)”, mas as pressões do lobby gay não cessaram.

Em 30 de março, Robert P. George, Co-fundador da National Organization for Marriage (Organização Nacional para o Matrimônio), dos Estados Unidos, saiu ao encontro deste desentendimento e explicou que Eich já tinha “cedido à pressão, pedindo desculpas por ‘ter machucado' algumas pessoas ao apoiar o matrimônio” entre homem e mulher.

“Os empregados da Mozilla evidentemente pensam que as pessoas como eu, e provavelmente você, não encaixamos moralmente para ser empregados em sua companhia”, criticou George e anunciou um boicote contra Mozilla.

“Acabo de apagar Mozilla Firefox de meu computador. Se não encaixo moralmente para ser um empregado, não encaixo moralmente para usar seus produtos”, explicou.

“Se você é um fiel católico, evangélico, cristão ortodoxo oriental, mórmon, judeu ortodoxo, muçulmano, ou membro de qualquer outra tradição que acredite que o matrimônio é fundamentalmente a instituição que une um homem e uma mulher como marido e esposa para serem pai e mãe de qualquer criança nascida de sua união, proporcionando a esses filhos a bênção inestimável de ser criado no vínculo comprometido do homem e da mulher cuja união os trouxe para a existência, ou inclusive se você acreditar no matrimônio, assim entendido, sem ser membro de uma comunidade de fé, peço que faça o mesmo”, adicionou.

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