VATICANO, 14 de abr de 2014 às 00:33
O Papa Francisco recebeu neste sábado os membros do Pontifício Comitê de Ciências Históricas, por ocasião do término de sua Assembleia Plenária, e indicou que as suas pesquisas ajudam a discernir o que o Espírito Santo quer dizer à Igreja de hoje.
Em sua Assembleia Plenária, o Pontifício Comitê de Ciências Históricas recordou o 60º aniversário da instituição criada pelo venerável Pio XII, em 1954.
Conforme a Rádio Vaticana, o Papa, recordando as palavras de Cícero pronunciadas por João XXIII no discurso inaugural do Concílio Vaticano II, disse que “o estudo da história é um dos meios para a busca apaixonada da verdade, que sempre impregna o ânimo do homem”.
“Em seus estudos e ensinamentos, vocês se encontram frente às vicissitudes da Igreja que caminha no tempo, com sua gloriosa história de evangelização, de esperança, de luta diária, da vida dedicada ao serviço, de perseverança no trabalho fatigante, assim como também de infidelidades, de abjurações, de pecados”.
As pesquisas do Pontifício Comitê de Ciências Históricas, assinalou, “marcadas por uma autêntica paixão eclesial e por um amor sincero pela verdade, podem servir de grande ajuda aos que têm a tarefa de discernir o que o Espírito Santo quer dizer à Igreja de hoje”.
O Santo Padre também indicou que “no encontro e na colaboração com os pesquisadores de toda cultura e religião, vocês podem oferecer uma contribuição específica para o diálogo entre a Igreja e o mundo contemporâneo”.
Francisco assinalou que na próxima conferência internacional que organizará o Pontifício Comitê de Ciências Históricas pelo centenário do início do I Guerra Mundial, “poderão revisar as pesquisas mais recentes, com especial atenção aos esforços diplomáticos da Santa Sé durante esse trágico conflito e à contribuição que deram os católicos e outros cristãos no socorro dos feridos, dos refugiados, dos órfãos e das viúvas, na busca dos desaparecidos, assim como na reconstrução de um mundo dilacerado por aquilo que Bento XV definiu como: ‘o inútil massacre’”.
“Ainda ressoa hoje em dia, tão oportunamente como sempre, o urgente chamado: ‘Com a paz não se perde nada, tudo se perde com a guerra’”, disse.