LISBOA, 13 de mai de 2014 às 13:21
O ex-secretário de São João Paulo II e agora Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, afirmou que o Papa polonês se aproximou mais à devoção pela Virgem da Fátima logo após o atentado de 13 de maio de 1981, convencido de que Nossa Senhora o protegeu do disparo de Alí Agca.
"Antes do atentado (João Paulo II), não se ocupava muito da mensagem da Fátima, mas certamente conhecia o Santuário e sabia da devoção a nossa Senhora, muito difundida em todo mundo", afirmou o Cardeal.
Segundo a imprensa, o Arcebispo acrescentou que "logo após o atentado na Praça de São Pedro", a atitude do Papa mudou. "Ficou convencido de que Nossa Senhora de Fátima o salvou e ele mesmo penetrou no segredo da mensagem da Fátima", assinalou.
O Cardeal Dziwisz relatou que muitas vezes Portugal era tema de conversação entre ambos, e que o Pontífice se aproximava do povo português especialmente nos dias 13 de Maio e 13 de Outubro, quando se dirigia ao balcão na Praça de São Pedro para rezar e cantar a Ave Maria.
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"Posso dizer que tenho uma grande recordação das três visitas do Papa ao Portugal" e "não posso esquecer quando foi agradecer a Nossa Senhora de Fátima por ter salvado sua vida", afirmou.
São João Paulo II, recordou o Cardeal, tampouco podia "deixar de admirar a devoção, oração e capacidade de sacrifício dos peregrinos" pela Virgem da Fátima.
Com respeito ao pedido da Santa Maria de consagrar a Rússia a seu Imaculado Coração, o purpurado assinalou que este se cumpriu com a "presença de todos os bispos (russos) na Praça de São Pedro" e com o testemunho de muitos bispos do Leste da Europa.
"Hoje sabemos que essa mudança foi enorme, a maior revolução que aconteceu no mundo sem derramamento de sangue", assegurou.