VATICANO, 28 de mai de 2014 às 16:12
Durante a Audiência Geral celebrada hoje, o Papa Francisco recordou seu encontro com o Patriarca ecumênico Bartolomeu I, propósito principal de sua viagem a Terra Santa, com quem percebeu forte a voz de Cristo “que quer fazer de todas as suas ovelhas um único rebanho” e assim conseguir a unidade dos cristãos.
Francisco indicou que a sua reunião com Bartolomeu I teve como objetivo comemorar o 50º aniversário do histórico encontro entre Paulo VI e o Patriarca Atenágoras.
“Aquela foi a primeira vez em que um Sucessor de Pedro visitou a Terra Santa”, e foi um gesto profético do Bispo de Roma e do Patriarca de Constantinopla que “colocou uma pedra milenar no caminho sofrido, mas promissor, da unidade de todos os cristãos, que desde então deu passos relevantes”, afirmou.
Com Bartolomeu I, recordou, rezamos juntos “no Santo Sepulcro de Jesus, e conosco estavam o Patriarca Grego-Ortodoxo de Jerusalém, Theophilos III e o Patriarca Armênio Apostólico Nourthan, além de arcebispos e bispos de diversas igrejas e comunidades, autoridades civis e muitos fiéis”.
“Naquele lugar onde ressoou o anúncio da Ressurreição, sentimos toda a amargura e o sofrimento das divisões que ainda existem entre os discípulos de Cristo; e realmente isso faz tanto mal, mal ao coração. Ainda estamos divididos; e naquele lugar onde ressoou justamente o anúncio da Ressurreição, onde Jesus nos deu a vida, ainda nós estamos um pouco divididos”, expressou.
“Naquela celebração repleta de recíproca fraternidade, de estima e de afeto, ouvimos forte a voz do Bom Pastor Ressuscitado que quer fazer de todas as suas ovelhas um único rebanho; sentimos o desejo de sanar as feridas ainda abertas e prosseguir com tenacidade o caminho rumo à plena comunhão”.
“Uma vez mais, como fizeram os Papas precedentes, eu peço perdão por aquilo que fizemos para favorecer esta divisão, e peço ao Espírito Santo que nos ajude a curar as feridas que fizemos aos outros irmãos”.
“Todos somos irmãos em Cristo e com o Patriarca Bartolomeu somos amigos, irmãos, e partilhamos a vontade de caminhar juntos, fazer tudo aquilo que hoje podemos fazer: rezar juntos, trabalhar juntos pelo rebanho de Deus, procurar a paz, proteger a criação, tantas coisas que temos em comum. E como irmãos, devemos seguir adiante”, expressou.