Vaticano, 9 de jun de 2014 às 09:44
Os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade a Palestina, Mahmud Abbas, tiveram neste domingo este domingo um encontro sem precedentes no Vaticano e junto ao Papa Francisco e o Patriarca Ecumênicao de Constantinopla Bartolomeu I para rezar pela paz.
O Papa recebeu os mandatários diante do edifício em que vive, a casa de acolhida Santa Marta. Abbas e Peres chegaram juntos em uma van.
O encontro, ocasionado por um convite de Francisco, despertou expectativas sobre um novo impulso ao processo de paz para o conflito palestino-israelense. No entanto, fontes oficiais do Vaticano ressaltaram enfaticamente que não se deve qualificar o encontro como uma espécie de "pausa na política" entre os dois países como afirmaram fontes da agência Reuters de notícias.
"Ninguém é tão presunçoso para acreditar que a paz nascerá esta segunda-feira", assinalou um dos sacerdotes encarregados dos lugares de culto cristãos em Terra Santa, o padre Pierbattista Pizzaballa, que participou ativamente na organização do encontro.
"A intenção desta iniciativa é reabrir o caminho que leva um tempo fechado e reavivar o desejo, a possibilidade de que as pessoas possam sonhar", acrescentou.
Primeira reunião em mais de um ano
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Esta foi a primeira reunião pública entre Peres e Abbas em mais de um ano e o primeiro na presença de um Papa junto do Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I, máximo responsável pela Igreja Ortodoxa.
Os quatro se reuniram em um lugar "neutro" dos jardins do Vaticano, onde não há nenhum símbolo religioso, conforme frisou o próprio Vaticano. Ali caminharam os três, com o Papa entre o Peres e Abbas, por um caminho até o lugar onde estavam preparadas as cadeiras. Ali esperavam vários músicos de câmara.
"Reunimo-nos aqui israelenses, palestinos, judeus, cristãos e muçulmanos, assim que cada um de nós pode expressar seu desejo de paz para Terra Santa e para todos os que ali vivem", começou a responsável pela cerimônia ao princípio do serviço religioso.
Os presidentes israelense e palestino querem expressar "o desejo de seus respectivos povos de invocar a Deus as ânsias comuns de paz", acrescentou. Imediatamente depois, representantes das três religiões começaram as orações pela paz em italiano, hebreu, árabe e inglês.
A oração, realizada pelo papa com um convite global a que todos os crentes também o acompanhassem, compôs a primeira ocasião em que orações judias, cristãs e muçulmanas foram ouvidas no Vaticano.
Depois da cerimônia os participantes plantaram uma oliveira, "símbolo duradouro do mútuo desejo de paz entre os povos israelense e palestino", informou também o Vaticano.