MADRI, 13 de jun de 2014 às 10:35
Na entrevista que concedeu ao jornal espanhol La Vanguardia e que foi publicada nesta sexta-feira, 13 de junho, o Papa Francisco comenta como quer ser recordado na história.
À pergunta, o Santo Padre responde com simplicidade que “nunca havia pensado, mas gosto quando se recorda alguém dizendo que era uma boa pessoa, que fez o que podia, não ara assim tão má. Gosto disso”.
Sobre seus planos antes de ser eleito Papa, o Pontífice recorda que já tinha um quarto reservado em uma casa de retiro em Buenos Aires, concretamente para sacerdotes idosos: “Eu deixaria o arcebispado no final do ano passado e já tinha apresentado a renúncia ao Papa Bento quando fiz 75 anos”.
“Escolhi um quarto e disse ‘quero vir morar aqui’. Trabalharei como padre, ajudando as paróquias. Esse ia ser meu futuro antes de ser Papa” agora com 77 anos de idade.
Quanto à renúncia de Bento XVI, o Santo Padre afirma que seu predecessor “fez um gesto muito grande. Abriu uma porta, criou uma instituição, a dos eventuais Papas eméritos”.
“Faz 70 anos, não havia bispos eméritos. Hoje quantos há? Bom, como vivemos mais tempo, chegamos a uma idade onde não podemos continuar com as coisas. Eu farei o mesmo que ele, pedirei ao Senhor que me ilumine quando chegar o momento e que me diga o que tenho que fazer, e com certeza Ele vai me dizer”.
Sobre a Copa do Mundo de Futebol Brasil 2014, à qual dedicou uma mensagem especial, o Pontífice comenta descontraído que “os brasileiros me pediram a neutralidade e preciso manter a palavra porque o Brasil e a Argentina sempre são antagonistas”.