Roma, 16 de jun de 2014 às 08:10
“A fuga dos muçulmanos da República Centro-africana é um problema grave. Se não quisermos que assimilem os cristãos àqueles que lhes fizeram mal, devem ser ajudados pelos cristãos. É preciso agir rapidamente se não quisermos que a coabitação entre nós se torne apenas um desejo”, afirma Dom Dieudonné Nzapalainga.
Em declarações ao jornal francês “La Croix” recolhidas pela agência vaticana Fides, o Prelado se referiu assim em sua visita a 600 muçulmanos acampados em Yaloké, uma cidade que fica a cem quilômetros da capital da República Centro-africana.
Dom Nzapalainga, Arcebispo de Bangui dirigiu pessoalmente a sua caminhonete, integrando um comboio de ajudas humanitárias organizado pela Igreja católica em favor dos 600 refugiados de Yaloké. Com ele, havia uma delegação de líderes religiosos liderada pelo Imâme de Bangui, Oumar Kobine Layama.
Dirigindo outra picape, estava Irmã Julietta, religiosa originária da Coreia do Sul, da congregação de Saint-Paul de Chartres, responsável do centro de saúde de Notre-Dame de Fátima de Bangui. Ao lado dela, havia duas enfermeiras.
No campo de refugiados, Dom Nzapalainga tentou tranquilizar os hóspedes: “Estou aqui com o Imâme que acolhi em minha casa durante cinco meses. Não é suficiente dizer ‘é preciso viver juntos’, mas também traduzir estas palavras em gestos concretos”.
A situação em Yaloké permanece precária, mas o Arcebispo, ao retomar a estrada rumo a Bangui, prometeu: “Voltaremos em breve, não os abandonaremos”.