Após a Audiência Geral, o Papa Francisco exortou os fiéis a rezar a Nossa Senhora para que interceda pelos milhões de refugiados no mundo, pois ela também foi uma refugiada e com Jesus e José conheceu todas as suas dores.

O Santo Padre fez este chamado por ocasião do próximo Dia Mundial do Refugiado que se celebrará nesta sexta-feira, 20. “O número dos irmãos refugiados está aumentando e nos últimos dias, outras milhares de pessoas foram induzidas a deixar suas casas para se salvar”, recordou o Papa em referência às milhares de famílias que em países como Síria e Iraque estão deixando seus lares para fugir da violência.

Conforme informou a Rádio Vaticano, o Papa advertiu que estas milhões de famílias refugiadas de muitos países e de todas as crenças religiosas vivem histórias pessoais com dramas e feridas que dificilmente se cicatrizam.

“Sejamos-lhes próximos, compartilhemos seus temores e incertezas pelo futuro, aliviando concretamente seus sofrimentos. Que o Senhor ampare pessoas e instituições que trabalham generosamente para garantir aos refugiados acolhimento e dignidade, oferecendo-lhes razões de esperança”.

“Pensemos que Jesus foi um refugiado que teve que fugir para salvar a vida, e com São José e a Virgem teve que ir para o Egito como refugiado", recordou o Santo Padre, que pediu aos fiéis para que rezem uma Ave-Maria a Nossa Senhora "que conhece as dores dos refugiados".

Em maio deste ano, a agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), informou que em 2012 o número de refugiados no mundo superou os 33.300.000 de pessoas, o que representa um aumento de 4.500.000 em relação ao ano anterior.

Segundo a ACNUR, dois de cada três refugiados se concentram na Colômbia, Síria, Nigéria, República Democrática do Congo e Sudão. Síria é o país com maior número de deslocados internos.

Jan Egeland, do Conselho Norueguês para os Refugiados, destacou que a frequência de deslocamentos na Síria é de uma família por minuto. “Há 9.500 deslocados diários, uma família a cada minuto. Enquanto estamos nesta conferência de imprensa 60 famílias já foram obrigadas a fugir”, explicou Egeland no dia 14 de maio aos jornalistas em Genebra (Suíça).

No caso da Nigéria, a ACNUR denunciou que mais de 3.000.000 de civis deixaram suas casas por medo às ações do grupo islamista Boko Haram. Segundo previsões da agência, no final de 2014 poderia haver mais de 8.000.000 de deslocados internos nesse país.

A estes números se somam as milhares de pessoas que nestes dias estão fugindo da violência no Iraque, onde os jihadistas do Estado islâmico do Iraque e do Levante procuram tomar o controle do país.

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