Antes da oração do Ângelus de ontem, o Papa Francisco alentou os milhares de fiéis e peregrinos que lotaram a Praça de São Pedro a amar até mesmo aqueles que não nos amam, e a opor-nos ao mal com o bem e o perdão.

O Santo Padre recordou que “na Itália e em muitos outros países se celebra neste domingo a festa do Corpo e Sangue de Cristo - frequentemente utiliza-se o nome latino: Corpus Domini ou Corpus Christi. A comunidade eclesial se reúne em torno da Eucaristia para adorar o tesouro mais precioso que Jesus lhe deixou”. No Brasil, a solenidade de Corpus Christi foi celebrada na quinta-feira passada, dia 19 de junho.

“O Evangelho de João apresenta o discurso sobre o ‘pão de vida’, ensinado por Jesus na sinagoga de Cafarnaum, no qual afirmou: ‘Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo’”.

Francisco disse que “Jesus destaca que não veio a este mundo para dar alguma coisa, mas para dar a si mesmo, sua vida, como alimento para aqueles que têm fé Nele. Nossa comunhão com o Senhor nos compromete, seus discípulos, a imitá-lo, fazendo da nossa existência, com nossas atitudes, um pão repartido para os outros, como o Mestre partiu o pão que é realmente sua carne”.

“Para nós, é o comportamento generoso para com o próximo que mostra nossa atitude de dar a vida pelos outros.”.

O Papa assinalou que “toda vez que participamos da Missa e somos alimentados pelo Corpo de Cristo, a presença de Jesus e do Espírito Santo opera em nós, molda o nosso coração, nos comunica atitudes interiores que se traduzem em comportamentos de acordo com o Evangelho. Antes de tudo, a docilidade à Palavra de Deus, depois a fraternidade entre nós, a coragem do testemunho cristão, a fantasia da caridade, a capacidade de dar esperança aos desesperados, de acolher os excluídos”.

“Deste modo, a Eucaristia faz amadurecer um estilo de vida cristã. A caridade de Cristo, acolhida de coração aberto, nos transforma, nos torna capazes de amar não segundo a medida humana, que é limitada, mas segundo a medida de Deus, isto é, sem medida!”.

“E qual é a medida de Deus? Sem medida. A medida de Deus é sem medida. Tudo! Tudo! Tudo! Não se pode medir o amor de Deus: é sem medida! E, então, nos tornamos capaz de amar até mesmo aqueles que não nos amam, e isso não é fácil”.

Francisco indicou que “Amar quem não nos ama... Não é fácil! Porque, se nós sabemos que uma pessoa não nos quer bem, nós também não nos dispomos a amá-la. Mas não! Devemos amar até mesmo aqueles que não nos amam! Opor-se ao mal com o bem, perdoar, partilhar, acolher”.

“Graças a Jesus e ao seu Espírito, nossas vidas se tornam ‘pão repartido’ para os nossos irmãos. E, assim, descobrimos a verdadeira alegria! A alegria de se tornar dom, em troca do grande dom que primeiramente nós recebemos, sem o nosso mérito”.

O Papa destacou que “Isso é belo: a nossa vida se torna um dom! Isso é imitar Jesus. Gostaria de lembrar duas coisas: Em primeiro lugar, a medida do amor de Deus é amar sem medida. Está claro?”.

“E a nossa vida, com o amor de Jesus, recebendo a Eucaristia, se torna um dom. Como foi a vida de Jesus. Não se esqueça destas duas coisas: a medida do amor de Deus é amar sem medida. E seguindo Jesus, nós, com a Eucaristia, fazemos da nossa vida um dom”.

Francisco indicou que “Jesus, o Pão da vida eterna, desceu do céu e se fez carne, graças à fé de Maria”.

“Depois de tê-lo trazido consigo com amor inefável, também o seguiu fielmente até à Cruz e à ressurreição. Peçamos a Nossa Senhora que nos ajude a redescobrir a beleza da Eucaristia, e a fazer dela o centro de nossas vidas, especialmente na Missa dominical e na adoração”, concluiu.
 

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