ZARAGOZA, 9 de abr de 2005 às 19:36
O Bispo da Cartagena e Arcebispo eleito de Zaragoza, Dom Manuel Ureña, afirmou que os pais são os principais transmissores da cultura da vida, a educação da criança depende de ambos e a Igreja e o Estado só podem participar a pedido destes.
Durante a clausura do 26º Simpósio Internacional de Teologia da Universidade de Navarra, o Prelado indicou que “a educação dos filhos exige sempre de um pai e uma mãe”, porque através de ambos a criança “toma consciência de sua identidade”.
“A família é o lugar onde se cultiva a verdade e o bem, o sentido de justiça, o valor intangível da vida, a solidariedade e o verdadeiro amor”, explicou Dom Ureña.
O Prelado pediu combater “as falsas concepções a respeito da família” que pretendem fazer acreditar que existem “várias versões”, quando sua base está no matrimônio entre um homem e uma mulher.
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O Arcebispo eleito de Zaragoza advertiu sobre os perigos que confronta a potestade dos pais de educar a seus filhos.
“Hoje existem três frentes que devem ser abordados: a educação naturalista, apoiada em que a criança aprenderá por si só; o absentismo educativo dos pais, devido a sua excessiva imersão na sua tarefa profissional (...); e a invasão do Estado na educação”, assinalou.
O Prelado indicou que “os pais compartilham a educação de seus filhos com a Igreja e o Estado”, mas que qualquer colaboração deve contar com seu consentimento e ser “a pedido destes”.
Com respeito à educação religiosa, Dom Ureña explicou que “os pais são os primeiros mensageiros do Evangelho”.
Depois de ressaltar o amplo magistério do Papa João paulo II sobre o matrimônio, a família e a vida, Dom Ureña lembrou que “somente Deus é o dono da vida e da morte. Ninguém tem direito a decidir sobre a vida de uma pessoa”, e que “ o aborto e a eutanasia são intrinsecamente maus”.