Vaticano, 21 de jul de 2014 às 16:20
O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso enviou uma mensagem aos muçulmanos pelo fim do Ramadã na qual convida a trabalhar juntos pela paz e promover a reconciliação.
“Trabalhemos juntos para construir pontes de paz e promover a reconciliação especialmente nas áreas onde os muçulmanos e cristãos sofrem os horrores da guerra”, reclamam. Desta forma, com uma mensagem que leva a assinatura do presidente do órgão vaticano, Cardeal Jean-Louis Tauran e do secretário, Pe. Miguel Ángel Ayuso Guixot, o Vaticano faz um apelo para uma “autêntica fraternidade entre cristãos e muçulmanos”.
O Vaticano expressou o desejo de que a amizade entre muçulmanos e cristãos “possa inspirar sempre a cooperar” enfrentando os desafios “com sabedoria e prudência” ao tempo que destacaram que demonstrarão “que as religiões podem ser fontes de harmonia em benefício de toda a sociedade”.
No documento, que data de 24 de junho, reconhece as diferenças entre muçulmanos e cristãos, mas destaca a importância da promoção “de um diálogo frutífero baseado no recíproco respeito e amizade”. Além disso, aponta que ambas as religiões estão chamadas a trabalhar juntas “pela justiça, pela paz e pelo respeito dos direitos e da dignidade das pessoas” e destaca que têm a responsabilidade de cuidar dos mais necessitados.
O Vaticano afirmou através desta mensagem aos muçulmanos que o mundo atual “deve enfrentar grandes desafios que exigem a solidariedade das pessoas de boa vontade”. Entre estes desafios, destaca “as ameaças ao meio ambiente, a crise econômica global e os elevados níveis de desemprego especialmente entre os jovens”.
“Essas situações criam um sentido de vulnerabilidade e falta de esperança no futuro”. Além disso, põe especial ênfase em “tantas famílias que foram separadas, deixando seus entes queridos muitas vezes crianças pequenas”.
Finalmente, felicita os muçulmanos com motivo do fim do Ramadã, dedicado ao jejum, à oração e à ajuda aos pobres e recorda que a mensagem enviada no ano passado pelo Papa, na qual reconhecia que cristãos e muçulmanos são “uma única família humana criada por Deus”.