Vaticano, 28 de jul de 2014 às 10:14
O Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, fez um chamado a não ficarmos calados ante este tipo de situações e, seguindo o Papa, reafirma a importância do ecumenismo.
Em uma entrevista ao L'Osservatore Romano, o Cardeal Kut Koch advertiu que “calcula-se que 80% das pessoas perseguidas por causa de sua fé são cristãs” e alentou a “sermos mais corajosos em denunciar as perseguições contra os cristãos, porque hoje temos mais perseguições do que nos primeiros séculos depois de Cristo”.
O Cardeal Koch manifestou que diante desta realidade, urge uma maior convergência no plano ecumênico com as demais Igrejas cristãs. “Todas as comunidades, todas as Igrejas tem seus mártires. O sangue não divide, mas une. Na Igreja antiga se dizia que os mártires são semente de novos cristãos. Hoje podemos dizer que os mártires são a semente do ecumenismo e da unidade para a futuro”, enfatizou.
“O Papa Francisco fala de ecumenismo do sofrimento. Este é o alicerce mais profundo e espiritual do compromisso ecumênico. Isto é válido, sobretudo, nos Países de origem do cristianismo, no Oriente Médio, onde os cristãos fogem, são obrigados a sair, porque se continuam aí são mortos”, adicionou.
Apesar de tudo, ele vê avanços positivos em alguns lugares, como no caso da Síria onde a perseguição uniu os cristãos.