ROMA, 5 de ago de 2014 às 11:01
“Só agora que se teme o perigo de expansão do contágio, a opinião pública ocidental parece ter, finalmente, tomado consciência da gravidade da situação”, denunciou esta semana a Caritas Itália.
A organização publicou um comunicado em 3 de agosto sobre o vírus ebola que, segundo a Organização Mundial da Saúde, já acabou com a vida de 729 pessoas e afetou mais de 1300 na África Ocidental.
O vírus ebola foi descoberto na década de 70, alguns anos antes da descoberta do vírus da AIDS, e não conta com nenhum antídoto específico apesar da alta taxa de mortalidade, cerca de 90% dos que o contraem, morrem.
Diversas fontes apontaram nas últimas horas que os Estados Unidos estão promovendo a investigação para encontrar um antídoto e se assinalou que a primeira vacina para humanos poderia estar pronta para 2015.
Caritas Itália afirma que a epidemia do ebola na África Ocidental está agravando-se e alcançou números alarmantes em vários territórios com centenas de mortos na Guiné, Libéria, Serra Leoa.
As sedes da Caritas Guiné e Serra Leoa pediram ajuda à comunidade internacional, e em colaboração com as organizações e os Ministérios da Saúde locais, atuam distribuindo sabão e cloro para a desinfecção.
Caritas realiza atividades de sensibilização para a população, explicando a importância de seguir umas regras básicas de higiene tais como: lavar e desinfectar regularmente as mãos, cozer bem os alimentos, não comer caça selvagem, prestar atenção a sintomas suspeitos e dirigir-se aos centros médicos preparados especificamente para a epidemia.
A Caritas Italiana apoia desde o início da emergência as atividades das Caritas locais, colocou à disposição uma contribuição inicial de 20 mil euros para ajudas de urgência e continua a seguir com atenção a evolução da situação em toda a região.
Atualmente mais de 100 pessoas trabalham com a Caritas para combater a epidemia e sua ajuda beneficiou a 100 mil pessoas da Guiné, e a 60 mil mais de Serra Leoa.