Faz dois dias os cardeais reunidos em Roma explicaram que o início do processo de beatificação do Papa João Paulo II dependerá exclusivamente de seu sucessor. Neste contexto, o Secretário da Congregação para a Causa dos Santos, Dom Edward Nowak, considerou que o eventual processo demoraria pouco tempo.

 

Dom Nowak declarou ao jornal Corriere della Sera que se poderia pensar em um prazo tão breve como seis meses para confirmar um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II. O fato milagroso deve ocorrer após de sua morte.

 

O Arcebispo polonês recordou que o próximo Papa poderia evitar o habitual período de espera de cinco anos depois da morte de uma pessoa para iniciar seu processo de beatificação. O próprio João Paulo II recortou esse prazo no caso da Madre Teresa de Calcutá.

 

"A vida de um Papa se desenvolve diante os olhos de todos e a documentação se torna mais fácil. Todo o mundo viu como tem morrido, Todos somos testemunhas de suas virtudes heróicas", indicou Dom Nowak.

 

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Do mesmo modo, insistiu em que para chegar à canonização se precisa de dois milagres mas "se estes milagres forem tantos, de todos os dias, como se ouve, não será difícil recolhê-los".

 

Não se deve pensar em uma "proclamação imediata", mas poderia chegar após de um período dedicado a recolher "documentação adequada" apoiada na " fama de santidade e de sinais" que, segundo ele, poderia resolver-se em apenas seis meses.

 

Dom Nowak lembrou que a "primeira iniciativa" para a canonização de alguém sempre é popular. Escutando a "reputação" da pessoa em questão, "a Igreja convoca às testemunhas, recolhe documentação e o testemunho das pessoas".

 

O Arcebispo destacou que "as regras hoje são várias, mas a substância é sempre a mesma: não é a Igreja a que canoniza, mas são as pessoas as que reconhecem e testemunham a santidade de uma pessoa".