O Cardeal Fernando Filoni, enviado especial do Papa Francisco para o Iraque, informou que entregou ao presidente iraquiano Fuad Masum uma carta do Santo Padre, que, ante uma situação de emergência como a que vive o país, “não poupa possibilidades de interferir” para exortar a que se coloque fim ao sofrimento das populações perseguidas pelo Estado Islâmico.

Em declarações difundidas ontem, 19 de agosto, pela Rádio Vaticano, o Cardeal informou que o encontro com Masum aconteceu em Bagdá (Iraque). Também participaram o Patriarca da Babilônia dos Caldeus, Dom Louis Sako; e o Bispo Auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon Warduni.

O Cardeal, que voltou hoje para Roma, disse que a carta responde à decisão do Papa de não poupar possibilidades de interferir a favor dos cristãos e outras minorias que estão sendo perseguidas pelos jihadistas. “A questão aqui no Iraque não é somente uma tragédia para o povo iraquiano, para os nossos cristãos ou para os yazidi”, mas é algo que diz respeito a toda a humanidade.

Durante o encontro com Masum, indicou o Cardeal Filoni, “expliquei que minha visita não era uma visita política, mas era uma visita humanitária por desejo do Santo Padre e por esta razão fui antes de tudo à Irbil, onde a situação no Curdistão é ainda muito séria e grave, e posteriormente à Bagdá onde, tive este encontro”.

Do mesmo modo, ante as declarações do Papa no seu voo de retorno a Roma, de que “queria estar no Iraque”, o Cardeal expressou que “conhecendo o coração, a mente e também o motivo pelo qual me enviava, não tinha dúvidas que se naquele momento ele tivesse podido, certamente não teria deixado de fazê-lo também diretamente”.

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