WASHINGTON DC, 3 de set de 2014 às 15:30
O professor de história, Brendan McGuire, assegura que o apoio do Papa à ação internacional frente aos ataques do ISIS deve realizar-se através de uma intervenção das Nações Unidas.
Em uma entrevista ao Grupo ACI, o professor de história do Christendom College, Brendan McGuire, assinalou que acredita que "o Papa Francisco, em sua opinião, fazia um claro chamado a que as Nações Unidas tomem a iniciativa". "Em geral, isto é o que se espera em termos da atitude do Papado frente aos assuntos internacionais: que olhe as coisas a partir dos organismos internacionais e não a partir de cada nação".
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda está examinando opções enquanto ISIS continua tomando o controle do Iraque e Síria, ameaçando as minorias religiosas e obrigando-os a converter-se ao Islã, pagar um imposto significativo ou morrer. Estima-se que mais de um milhão de Iraquianos fugiram de seus lares.
Em 18 de agosto, o Papa Francisco disse a um grupo de jornalistas que “nestes casos, quando há uma agressão injusta, posso apenas dizer que é lícito parar o agressor injusto”. O Papa destacou o verbo “parar”. Ele não disse “bombardear” ou “fazer a guerra”, (mas) “parar”. “Apenas uma nação não pode julgar como se para isso".
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McGuire afirmou que as palavras do Papa apontam a uma intervenção internacional. "O Papa esclareceu que não estava apoiando nenhum meio particular para parar o agressor, mas o princípio de que se pode e se deve parar os agressores".
"Existem consequências não desejadas que devem ser levadas em consideração. Não podemos permitir que isso se converta em uma guerra de conquista imperial ou uma guerra para promover os interesses de uma nação a custa da paz ou em detrimento dos seres humanos nesse país".
Os Estados Unidos não devem estar sozinhos na guerra, disse Maguire, mas a busca de aliados não é tarefa fácil, pois “as potências da região que se opõem ao ISIS também se opõem entre si”.
"Os EUA devem encontrar a maneira de trabalhar com aqueles que não estão acostumados a trabalhar", sugeriu Maguire.