Roma, 8 de set de 2014 às 12:34
A violência que durante 50 dias feriu a população da Faixa de Gaza, devido aos bombardeios israelenses e os enfrentamentos com o Hamas, deixando não só um alto saldo de mortos, como também cerca de 400.000 crianças e adolescentes com necessidade de ajuda psicológica, denunciou a Cáritas Jerusalém.
“Os meninos e meninas representam a parte da população que mais sofre as consequências do conflito armado. A maioria experimenta a separação de suas famílias e desenvolve uma visão pessimista da vida”, revelaram fontes desta instituição caritativa da Igreja.
Segundo a informação circulada neste 4 de setembro pela agência vaticana Fides, a Cáritas Jerusalém assinalou que a ajuda psicológica a estes menores representa um de seus principais campos de ação, dentro dos trabalhos que realiza a favor da população da Gaza.
Para isso, desde o dia 22 de agosto a equipe psicológica trabalha –junto a numerosos voluntários-, nos diversos distritos e edifícios onde se encontram os refugiados. Do mesmo modo, organizaram atividades que possam ajudar aos meninos e meninas a soltar –de maneira não destrutiva-, a ira e o sentido de opressão acumulados durante o conflito.
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Por sua parte, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) informou que nenhum dos 241.000 alunos que assistem a suas escolas poderá começar o ano de estudos a tempo devido à destruição pelo conflito, que também ocasionou a morte de 2.100 pessoas, das quais 500 eram menores de idade.
Outra consequência foi a destruição de 18.000 moradias, deixando sem lar mais de 108.000 pessoas, assinalou o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Além disso, muitas áreas de Gaza carecem de eletricidade durante 18 horas diárias e só 10 por cento da população recebe água diariamente.