MADRI, 13 de abr de 2005 às 11:56
O Foro Espanhol da Família (FEF) qualificou de “discriminatório para o matrimônio e a família” o projeto residencial impulsionado pelo Governo socialista, que prevê a construção de moradias de 25 metros quadrados.
O anúncio foi feito pela Ministra de Vivenda, María Antonia Trujillo, quem disse que o governo estuda a possibilidade de reduzir as medidas mínimas das Vivendas de Proteção Oficial (VPO).
Esta iniciativa legislativa do PSOE foi qualificada de “ridícula” pelo Vice-presidente do FEF, Benigno Branco, quem convidou a ministra a visitar os milhões de lares da Espanha para que conheça as necessidades reais das famílias.
“A medida de criação de moradias de 25 metros quadrados é discriminatória para o matrimônio e a família, pois impossibilita o acesso a uma moradia digna às famílias com filhos”, assegurou Branco.
Assinalou que esta proposta “demonstra o escasso compromisso deste governo com a família”. Além disso, “vai contra a política de promoção da natalidade” que aconselha a União Européia diante “da situação demográfica da Espanha”.
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Este projeto também foi rechaçado por distintas associações de consumidores, que advertem que esta medida não solucionará o problema de moradia na Espanha.
A Organização de Consumidores e Usuários assinalou que a resposta “não passa por reduzir o número de metros quadrados”, mas sim por fazer o preço dos apartamentos mais acessíveis aos jovens para que possam adquirir moradias dignas.
Por sua parte, a Federação de Consumidores em Ação advertiu que não pode considerar uma “moradia digna e de qualidade” construções que só têm 25 metros quadrados e que “só serviriam para pernoitar uns quantos dias neles, como os hotéis e as pensões”.
Para o FEF “é incompatível promover a dignidade das famílias e fomentar que se viva de uma maneira amontoada”.