MADRI, 22 de set de 2014 às 07:00
O presidente da Comissão das Conferências Episcopais da UE (COMECE), o Cardeal alemão Reinhard Marx, considera que os católicos europeus têm a tarefa de sensibilizar sobre a defesa da vida desde seu início até o final.
Não sensibilizar apenas sobre o aborto, mas também sobre a eutanásia e, junto com o aborto, considera outros temas importantes como a família, a questão da homossexualidade ou o aborto.
Durante a apresentação das II Jornadas Sociais Católicas pela Europa, o Cardeal Marx coincidiu com o vice-presidente do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE), Cardeal Angelo Bagnasco, em que a União Europeia não deve adotar decisões sobre assuntos que derivam da responsabilidade dos estados membros.
Por sua parte, o Bispo Auxiliar de Madri, Dom Juan Antonio Martínez Camino assegurou que espera que a lei do aborto seja “reformada para uma melhor proteção do direito à vida” e da maternidade, pois, para ele, o Estado deve proteger a vida de qualquer ser humano.
“Esperamos que a legislação espanhola que foi denunciada várias vezes pela Conferência Episcopal como gravissimamente injusta, seja reformada para uma melhor proteção do direito à vida e ao mesmo tempo da maternidade e os direitos das mulheres”, destacou.
Perguntado pela decisão do Governo de pospor a aprovação do projeto de lei para a proteção da vida dos nascituros e dos direitos da mulher grávida, advertiu que “não se pode colocar a vida de um ser humano como meio para nenhuma outra coisa”, pois “a vida de um ser humano, embora tenha apenas algumas horas de existência é um fim em si mesmo que o Estado deve proteger”.
Dom Martínez Camino se referiu ao comunicado publicado pelos bispos nesta quinta-feira no qual defendem a vida dos mais débeis, no contexto das marchas pela vida convocadas para este fim de semana.
“Como disse o Papa, o aborto não é progressista, não é defesa dos mais frágeis”, insistiu.
Além disso, precisou que “não se pode contrapor o direito à vida e a liberdade da mulher” e que é necessário apoiar esta liberdade “para que as mulheres possam ser mães sem condicionamentos negativos”. Para ele, “a legislação espanhola deve avançar nesta direção”.