VATICANO, 29 de set de 2014 às 08:00
Mais de 120 mil pessoas de 80 nacionalidades, 17 cardeais, 1200 sacerdotes e 150 Bispos de todo o mundo, foram à beatificação celebrada ontem em Madri, de Dom Álvaro del Portillo, primeiro sucessor de São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei.
A cerimônia realizada no Parque Valdebebas, (Madri), foi presidida pelo delegado do Papa Francisco, o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Concelebram o Cardeal Antonio María Rouco Varela, Arcebispo Emérito de Madri e Dom Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei. Entre os cardeais participantes estavam o Cardeal George Pell, Arcebispo de Sydney, (Austrália) e o Cardeal Gerhard Ludwig Müller, atual Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Em sua homilia, o Cardeal Amato disse que “são muitas as virtudes -como a fé, a esperança e a caridade- que o Beato Álvaro viveu de modo heroico. Praticou estes hábitos virtuosos à luz das bem-aventuranças da mansidão, da misericórdia, da pureza de coração. Os testemunhos são unânimes. Além de se destacar pela total sintonia espiritual e apostólica com o santo Fundador, distinguiu-se também como uma figura de grande humanidade”.
O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos também recordou que o novo beato “era um exemplo vivo de fidelidade ao Evangelho, à Igreja, ao Magistério do Papa. Sempre que ia à basílica de São Pedro de Roma, costumava recitar o Credo diante do túmulo do Apóstolo e uma Salve Rainha diante da imagem de Santa Maria, Mater Ecclesiae".
Na fórmula da beatificação se apresentou a relíquia do novo beato, que foi levada por Jose Ignacio Ureta, o menino chileno curado por intercessão de Del Portillo, e seus pais.
Dom Álvaro del Portillo foi um dos protagonistas do Concílio Vaticano II. A vida dele, segundo o Papa Francisco foi “decidida no testemunho da perene novidade do Evangelho, anunciando o chamado universal à santidade e a colaboração com o trabalho cotidiano à salvação da humanidade”.
Esta mensagem se plasmou especialmente no seu constante impulso de iniciativas sociais por todo mundo.
O Cardeal Amato terminou dizendo que “agora, mais que nunca, precisamos de uma ecologia da santidade, para combater a contaminação da imoralidade e da corrupção. Os santos nos convidam a introduzir no seio da Igreja e da sociedade o ar puro da graça de Deus, que renova a face da Terra”.