ROMA, 8 de out de 2014 às 08:00
O Prefeito da Congregação para os Bispos, Cardeal Marc Ouellet, afirmou que não se deve esperar nenhuma mudança na doutrina da Igreja depois da celebração do Sínodo Extraordinário dos Bispos para a Família, que tem como um de seus objetivos mostrar cada vez mais a beleza do sacramento do matrimônio.
O Cardeal Ouellet explicou em declarações ao Grupo ACI em 6 de outubro que durante o Sínodo “não se tem que esperar nenhuma mudança doutrinal, isso se repetiu muito. É necessário mudar um pouco a pastoral, a forma como nós ajudamos as famílias e os jovens a preparar-se para o matrimônio”.
O cardeal disse também que “é necessário uma preparação para casar-se. Se é preciso dois ou três anos de noviciado para entrar na vida consagrada, pois então a mesma coisa deveria dar-se para o matrimônio que não pode ser improvisado. É preciso desenvolver mais isso”.
O Sínodo Extraordinário começou em 5 de outubro com a celebração de uma Missa Solene na Basílica de São Pedro e terminará em 19 de outubro com a cerimônia de beatificação do Papa Paulo VI, o pontífice que instituiu o Sínodo dos Bispos.
No evento participam 191 cardeais, bispos, casais e especialistas para definir os desafios pastorais da família no contexto da evangelização. As reuniões acontecem na Sala do Sínodo, onde os padres sinodais intervêm com diversos temas relacionados com um limite de quatro minutos cada um.
O Cardeal assinalou que o tema de sua intervenção é a aliança entre os esposos e Deus que é descrita na Bíblia, e ressaltou que “o matrimônio se vive entre Três, não somente entre dois, porque colocando a Cristo no coração do matrimônio é mais seguro chegar a bom porto”.
“Tratei de insistir na aliança. A aliança na Bíblia é fundamental. É o povo de Deus que vive em aliança com Deus, com um Deus pessoal, e os esposos estão chamados a viver em aliança com Cristo. Esta foi a minha mensagem, muito simples”, explicou.
Por último, o Cardeal descreveu suas esperanças para o Sínodo: “acredito que encontraremos caminhos pastorais mais adequados para responder à situação das famílias e alentar aquelas onde as coisas caminham bem a testemunhar cada dia mais, não esconder a beleza do matrimônio e da família e ao mesmo tempo estar próximos aos que mais sofrem”, concluiu.