ROMA, 10 de out de 2014 às 13:54
“Felicidades. Malala Yousazfai ganha o Prêmio Nobel da paz 2014”, escreveu em sua conta do twitter o Conselho Pontifício das Comunicações Sociais no Vaticano, depois do anúncio do prêmio para o qual estavam nomeadas mais de 270 pessoas, entre elas também estava o Papa Francisco.
O comitê norueguês anunciou nesta sexta-feira que concedeu à adolescente, a pessoa mais jovem em recebê-lo, e também ao ativista índio Kailash Satyarthi o Prêmio Nobel da Paz por sua luta a favor da educação infantil.
Malala Yousafzai, de 17 anos, luta faz alguns anos pelo direito das meninas à educação e "demonstrou com o seu exemplo que as crianças e jovens podem lutar para melhorar sua situação pessoal", destacou o Comitê norueguês.
"Ela o fez nas condições mais perigosas. Através da sua luta heroica se converteu em uma importante porta-voz para os direitos das meninas à educação", adicionou.
Faz dois anos, Malala sobreviveu a uma tentativa de assassinato dos talibãs em represália por sua luta pela educação das meninas e foi transferida a um hospital do Reino Unido, onde se recuperou. No ano passado já foi uma das candidatas favoritas ao prêmio e agora se converteu na pessoa mais jovem em recebê-lo.
Em relação a Satyarthi, o Comitê Nobel destacou que, "mostrando grande valor pessoal e mantendo a tradição de Gandhi, encabeçou várias formas famosas de protesto, todas pacíficas, centradas na grave exploração das crianças para a obtenção de benefícios financeiros".
Satyarthi é o fundador da organização Bachpan Bachao Andolan (Movimento para a libertação da infância), que resgatou milhares de crianças da escravidão e da servidão por dívidas. Em várias ocasiões denunciou ter sofrido graves e brutais agressões corporais por causa do seu trabalho.