ROMA, 4 de nov de 2014 às 12:01
A famosa Capela Sistina no Vaticano, o lugar onde os cardeais se reúnem no conclave para eleger o Papa sob os afrescos pintados há 500 anos por Michelangelo, estreou um novo sistema de ventilação e ar condicionado e um moderno sistema de iluminação para permitir a melhor conservação destas obras de arte de valor incalculável.
“Quando as pessoas veem as obras da Capela Sistina, ficam inclusive sem ar. Mas, ironicamente, o ato de respirar e exalar o dióxido de carbono é o que destrói estes afrescos”, explica ao Grupo ACI John Mandyck, da empresa UTC Building & Industrial Systems, que esteve encarregado deste novo projeto.
Mandyck disse que esta nova tecnologia permitirá preservar estes afrescos para o futuro. “Temos a capacidade de estar por dentro da tecnologia, inclusive quando a tecnologia avança e evolui com o tempo. Achamos que isso (o novo sistema) vai durar um bom tempo”, indicou.
Este novo sistema de ventilação e as novas luzes foram apresentados aos jornalistas no último dia 29 de outubro em um evento cujo nome foi “A Capela Sistina 20 anos depois: Novo ar, nova luz”.
Foram investidos neste projeto 3,8 milhões de dólares que serviram para instalar 7 mil luzes LED, que permitem uma melhor iluminação para todos os afrescos.
As luzes foram colocadas de tal modo que são “imperceptíveis” à vista e só podem apreciar-se quando se acrescentam luzes adicionais como no caso de um conclave e outras ocasiões especiais.
Este novo sistema, que permitirá uma grande economia de energia, é silencioso e está desenhado para manter uma temperatura entre 20 e 25 graus centígrados, e uma percentagem de umidade entre 50 e 60 por cento.
O nível de concentração de dióxido de carbono será sempre o mínimo e a concentração de pó não será maior que 0,1 microgramas por metro cúbico.
A Capela Sistina, a principal atração dos Museus Vaticano, é visitada anualmente por mais de 5 milhões de pessoas.