Vaticano, 5 de nov de 2014 às 09:45
O Observador Permanente da Santa Sé junto à ONU em Nova Iorque (Estados Unidos), Dom Bernardino Aúza, assinalou que uma das barreiras que impede alcançar o desenvolvimento sustentável é a exclusão das mulheres na vida das suas comunidades.
O Prelado disse isso no dia 23 de outubro durante a 69ª Sessão da Assembleia Geral da ONU que tratou sobre o tema “Erradicação da Pobreza”.
O representante vaticano indicou que os países devem desenvolver políticas e estratégias de luta contra a pobreza extrema em vez de confiar em soluções preconcebidas. A análise e as propostas para dar uma solução devem apoiar-se em experiências vividas, mais que em soluções pré-fabricadas do exterior, que nem sempre estão desprovidas de pinceladas ideológicas, assinalou.
Dom Aúza afirmou que o desenvolvimento sustentável requer a participação de todos na vida das famílias, comunidades, organizações e sociedades; deixando de lado qualquer exclusão de tipo econômico, social, político ou cultural.
Nesse sentido, advertiu que uma das barreiras que obstaculiza o desenvolvimento sustentável é a exclusão das mulheres da participação ativa no desenvolvimento de suas comunidades. “Excluir as mulheres e as meninas da educação e submetê-las à violência e à discriminação viola a sua dignidade inerente e os direitos humanos fundamentais”, afirmou.
Dom Aúza disse à ONU que “a pobreza não é só a exclusão do desenvolvimento econômico, é tão multifacetária e multidimensional como a própria pessoa humana. Além de sua expressão econômica mais óbvia, a pobreza também se manifesta nas dimensões educativas, sociais, políticas, culturais e espirituais da vida”.
“O desenvolvimento é mais que a soma total dos investimentos para alcançá-lo. Nos nossos esforços por erradicar a pobreza, sempre devemos voltar para o princípio fundamental, promover o autêntico desenvolvimento de todo homem e de todos os povos. Cada um de nós tem que contribuir. Cada um de nós pode beneficiar-se. Esta é a Solidariedade”, afirmou.