ROMA, 10 de nov de 2014 às 09:13
As famílias dos dois cônjuges cristãos queimados vivos em 4 de novembro no distrito de Kasur (Paquistão) pedem justiça e esperam um futuro melhor.
Como informa à Agência Fides o advogado Sardar Mushtaq Gill, foi o que disseram na reunião com o Primeiro-Ministro de Punjab, Shahbaz Sharif, que visitou suas casas.
Sharif prometeu justiça, anunciando-lhes também uma indenização de dez milhões de rúpias (cerca de 100 mil dólares) e um terreno de dez hectares de terra.
Gill também disse à Fides que a polícia está muito ativa nas aldeias do entorno, em busca dos culpados pelo linchamento. Foram feitas denúncias contra 60 homens e 50 desconhecidos. Até agora 54 já foram presos, como disse o inspetor policial Muhammad Ali, encarregado do caso.
“Os cristãos paquistaneses vivem com grande terror depois deste terrível incidente. Pedimos a todos que rezem pelas famílias das vítimas e por todos os que trabalham no Paquistão para defender as vítimas da lei da blasfêmia, pessoas muitas vezes ameaçadas de morte por este compromisso”, observa Gill.
Domingo, 9 de novembro, em muitas igrejas, os cristãos paquistaneses farão uma vigília especial de oração em comunhão com outras comunidades cristãs em todo o mundo, pelos cristãos perseguidos.
Outra notícia que preocupou o país na quinta-feira passada, 6 de novembro, foi a de um homem muçulmano, acusado de blasfêmia, que foi assassinado por um policial em Punjab, enquanto estava na prisão.