O Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, pediu aos católicos do ocidente que sejam mais conscientes do que acontece no Oriente Médio e sejam mais solidários com os cristãos que estão sendo ameaçados pelos fundamentalistas islâmicos, como acontece atualmente no Iraque e na Síria.

O Cardeal –que esteve na Terra Santa entre os dias 3 e 4 de novembro-, assinalou à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) que escutou muitas alternativas para erradicar a violência nesta parte do mundo.

“Estas consistem em criar uma aliança com todos os (muçulmanos) moderados na região com o objetivo de isolar os extremistas. Se formarem uma aliança sincera e efetiva, então os extremistas seriam deixados no isolamento. Com a graça de Deus, eles se veriam forçados a renunciar a seu projeto nefasto de constantemente desatar o caos e a violência”, indicou.

Do mesmo modo, respondendo à pergunta se os cristãos do ocidente prestam suficiente atenção à situação dos cristãos da Terra Santa, o Cardeal disse que “não há uma resposta geral a esta pergunta. Entretanto, a Igreja Católica em cada país da Europa precisa ser mais consciente do drama que ocorre na Terra Santa e em todo o Oriente Médio. Assim como refletir sobre como podem expressar sua solidariedade com os fiéis desta região. Devemos fazer mais ainda”.

O Cardeal narrou sua experiência na Terra Santa –nestes momentos novamente convulsionada pelo assassinato de quatro rabinos-, e assinalou que a destruição deixada em Gaza fala também da necessidade de reconstruir os corações para iniciar o caminho de reconciliação.

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Sobre a comunidade cristã, o Cardeal disse que ficou “impressionado” pela devoção e fé dos católicos. “São uma pequena, mas muito efetiva minoria”, afirmou. Disse que junto com as orações, estão trabalhando em obras concretas de solidariedade, como hospitais e escolas. Do mesmo modo, animou os fiéis a peregrinarem à Terra Santa.

“Nossas comunidades devem superar seus temores e visitar uma vez mais os lugares associados com a vida de Jesus” em sinal de apoio aos cristãos locais.

O também Arcebispo da Gênova refletiu sobre a situação no Iraque e na Síria, onde os cristãos estão sendo perseguidos pelo grupo fundamentalista Estado Islâmico.

O purpurado advertiu que seria “um desastre para a humanidade e não só para uma religião”, se os cristãos chegarem a ser totalmente expulsos desta região. “Todas as pessoas de boa vontade devem evitar a deliberada eliminação da presença cristã no Meio Oriente”, assinalou.