O Arcebispo de Tunja (Colômbia), Dom Luis Augusto Castro, pediu ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que não cesse os diálogos de paz depois do sequestro general Rubén Darío Alzate, para evitar que o grupo narcoterrorista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) desate uma nova onda de violência.

Apesar das negociações de paz entre o governo da Colômbia e as FARC, que se realizam em Havana, o grupo terrorista não deteve seu atuar. Em fevereiro de 2012, as FARC anunciaram que não executariam mais sequestros. Entretanto, recentemente raptaram o general Alzate levando a que o presidente Santos suspenda as negociações em Havana.

“Esta é nossa preocupação, o que vai acontecer se acabarem os diálogos?”, questionou, lamentando a possibilidade de outras dez mil pessoas mortas, como já ocorreu em outras ocasiões em que os diálogos foram suspensos. “Não será melhor então que os diálogos de paz continuem? Não será melhor que em lugar de tomar um caminho de morte tomemos um caminho de vida e avancemos com fatiga, mas eficazmente rumo à construção da paz?”.

Dom Luis Augusto Castro assinalou ao ACI Imprensa que “a preocupação da Igreja é porque os diálogos continuem”.

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“A esperança não pode ser despedaçada. E essa vontade de trabalho, essa motivação forte que têm todos os que estão trabalhando neste processo também não pode diminuir. A Igreja alenta a que “siga o processo de paz”.

Segundo informações da Agência Vaticana Fides, o General Rubén Darío Alzate poderia ser libertado nas próximas 48 horas. A informação foi dada pelo Arcebispo de Cali, Dom Dario de Jesús Monsalve Mejia, em entrevista à emissora colombiana “BluRadio” e recolhida pela Agência Fides.

O arcebispo afirma ter recebido novas informações sobre o oficial do exército prisioneiro das FARC desde domingo passado.

“Estará em breve conosco. A coisa mais importante é estabelecer uma comunicação segura, transparente e reservada entre as partes envolvidas”, disse. Dom Dario de Jesus Monsalve Mejia participou como representante da Conferência Episcopal Colombiana de vários diálogos para a libertação de reféns do grupo guerrilheiro “Exército de Libertação Nacional” (ELN) e sempre se expressou positivamente sobre as negociações de paz em andamento com os grupos guerrilheiros. Nos meses passados, apreciou “a disponibilidade de ambas as partes” e “o compromisso com o diálogo expresso pelo presidente Santos”.