Vaticano, 26 de nov de 2014 às 11:46
“A Igreja não é uma realidade estática, imóvel, finalizada em si mesma, mas vive na história caminhando continuamente para a meta última e maravilhosa que é o Reino dos Céus, do qual a Igreja na terra é o gérmen e o início”. Estas foram palavras do Santo Padre na Audiência Geral desta Quarta-feira, 26, na qual o Papa refletiu sobre a Igreja Peregrina.
Apesar da chuva, milhares de fiéis se reuniram na Praça S. Pedro para ouvir o Santo Padre, que antes da catequese saudou o público do seu papamóvel semiaberto e abençoou crianças ao longo do seu trajeto.
O Santo Padre assinalou ainda que a meta do cristão, assim como da Igreja, é a “nova Jerusalém”, o Paraíso. Explicou também que mais que um lugar, o Céu é um “estado” no qual as nossas expectativas mais profundas serão realizadas e o nosso ser de criaturas e filhos de Deus alcançará pleno amadurecimento.
“Ignoramos o tempo, mas sabemos que há continuidade e comunhão entre a Igreja celeste e a Igreja que ainda caminha sobre a terra, porque, na visão cristã, a distinção fundamental não é entre quem está morto e quem está vivo, mas entre quem está em Cristo e quem não está n’Ele” – afirmou o Santo Padre.
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“E o que acontecerá com este universo que nos abriga e sustenta?”, questiona-se o homem. Como escreve São Paulo, também ele será libertado da escravidão da corrupção, para entrar na liberdade gloriosa dos filhos de Deus. Portanto, a transformação prometida – aliás já começou a realizar-se a partir da morte e ressurreição de Cristo – não será uma aniquilação do universo e de tudo o que nos rodeia, mas sim uma nova criação que levará todas as coisas à sua plenitude de ser, de verdade e de beleza”, refletiu o Pontífice.
“Quando pensamos nessa realidade que nos espera, nos damos conta do quanto pertencer à Igreja é um dom maravilhoso. Peçamos à Virgem Maria para vigiar o nosso caminho e nos ajudar a ser, como ela, sinal alegre de confiança e esperança em meio aos nossos irmãos”, concluiu.
Nesta audiência geral o Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa: “Com grande afeto, saúdo os peregrinos de língua portuguesa, com votos de que possais vós todos dar-vos sempre conta do dom maravilhoso que é pertencer à Igreja. Vele sobre o vosso caminho a Virgem Maria e vos ajude a ser sinal de confiança e esperança no meio dos vossos irmãos. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção de Deus.”