Vaticano, 18 de dez de 2014 às 06:13
O Papa Francisco condenou os recentes atentados cometidos por terroristas muçulmanos no Iêmen, Sidney (Austrália) e Paquistão, este último ocorrido nesta terça-feira no qual foram assassinadas mais de 100 crianças.
Ao final da audiência geral desta quarta-feira, o Santo Padre pediu “um momento de silêncio” e depois “um Pai-Nosso para rezarmos juntos pelas vítimas dos desumanos ataques terroristas ocorridos nos dias passados na Austrália, Paquistão e Iêmen”.
“O Senhor acolha na sua paz os mortos, conforte os familiares e converta os corações dos violentos que não param nem diante das crianças”, adicionou.
Paquistão sofreu um dos piores ataques terroristas de sua história. Um grupo de talibãs entrou em uma escola da cidade de Peshawar e atirou sem piedade em crianças e adultos. Morreram 141 pessoas, entre eles 132 estudantes e 9 funcionários do colégio.
O governo do país declarou três dias de luto nacional e as bandeiras permanecerão a meia haste nos edifícios governamentais por causa do massacre.
Na terça-feira, pelo menos 26 pessoas, entre elas 16 estudantes, morreram por um atentado com dois carros bomba contra um dirigente da tropa xiíta Ansarualá no centro do Iêmen. As autoridades do país acreditam que foi provocado por uma das redes do grupo terrorista da Al Qaeda.
Em Sidnei também se viveu uma semana trágica. Um islamita radical entrou na segunda-feira passada pela manhã em uma cafeteria e manteve 17 pessoas como reféns durante 16 horas. Finalmente, a polícia entrou no estabelecimento e a operação deixou três mortos, entre eles o sequestrador, e quatro feridos. O sequestrador disse apoiar e estar vinculado com o chamado Estado Islâmico.
O Arcebispo de Sidnei (Austrália), Dom Anthony Fisher, celebrou na terça-feira a Missa pelas vítimas do sequestro do Lindt Café, Tori Johnson e Katrina Dawson. Para ele, ambos doaram as suas vidas por outros reféns, “imitando o sacrifício de Cristo, que afirmou que não há amor maior que dar a vida pelos outros”.
O administrador do local, Johnson, “aparentemente vendo uma oportunidade”, avançou contra o sequestrador e tirou-lhe a pistola, recordou o Prelado. “Tragicamente, esta disparou causando a sua morte, mas isto provocou a resposta da polícia e a liberdade para o resto de reféns. Os informes também assinalaram que Katrina Dawson estava protegendo uma amiga grávida contra os disparos. Estes heróis estavam dispostos a dar suas vidas para que outros pudessem viver, imitando o sacrifício de Cristo que disse que não há amor maior que dar a vida pelos outros”, afirmou Dom Fisher.