Vaticano, 6 de jan de 2015 às 14:14
Depois de celebrar a Missa da Epifania do Senhor na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco rezou hoje a oração do Ângelus da janela de seu escritório no Palácio Apostólico diante de milhares de pessoas, algumas delas chegadas da Alemanha, Irlanda ou Estados Unidos da América.
Antes de rezar, o Pontífice explicou que neste dia “fazemos memória da chegada dos Magos, que chegaram do Oriente para adorar o recém-nascido Rei dos Judeus e Salvador universal e lhe oferecer presentes simbólicos”.
“A estrela que é capaz de guiar cada homem a Jesus é a Palavra de Deus, Palavra que está na Bíblia, nos Evangelhos. A Palavra de Deus é luz que orienta o nosso caminho, nutre a nossa fé e a regenera. É a Palavra de Deus que renova continuamente os nossos corações, as nossas comunidades”, afirmou.
Para o Papa é importante que “não esqueçamos de lê-la e meditá-la a cada dia, a fim de que se torne para cada um como uma chama que levamos dentro de nós para iluminar os nossos passos e também aqueles de quem caminha próximo a nós, que talvez luta para encontrar o caminho rumo a Cristo”.
Francisco destacou que a viagem que realizam os Reis Magos é “uma viagem da alma, como um caminho rumo ao encontro com Cristo. Esses são atentos aos sinais que indicam a presença; são incansáveis em enfrentar as dificuldades da busca; são corajosos em levar as consequências de vida derivadas do encontro com o Senhor”.
De fato, “a experiência dos Magos evoca o caminho de cada homem rumo a Cristo. Como para os magos, também para nós procurar Deus quer dizer caminhar – e como dizia: atento, incansável e corajoso – olhando para o céu e vendo no sinal visível da estrela o Deus invisível que fala ao nosso coração”.
De novo sobre os Magos, assinalou que “com o seu gesto de adoração, os Magos testemunham que Jesus veio à terra para salvar não somente um povo, mas todos os povos”.
“Na festa de hoje – continuou o Pontífice - o nosso olhar se alarga ao horizonte do mundo inteiro para celebrar a ‘manifestação’ do Senhor a todos os povos, isso é, a manifestação do amor e da salvação universal de Deus”.
Sobre isto, destacou que “não reserva o seu amor a alguns privilegiados, mas o oferece a todos. Como de todos é o Criador e o Pai, assim de todos quer ser o Salvador”.
Isso é o que faz que estejamos chamados a “a alimentar sempre grande confiança e esperança nos confrontos de cada pessoa e da sua salvação: também aqueles que nos parecem distantes do Senhor são seguidos – ou melhor, ‘perseguidos’ – pelo seu amor apaixonado, pelo seu amor fiel e também humilde”, concluiu.