COLOMBO, 13 de jan de 2015 às 13:02
O Cardeal Malcolm Ranjith, Arcebispo de Colombo (Sri Lanka), agradeceu ao Papa Francisco o “sacrifício” de ir até essa nação asiática, em sua segunda viagem a este continente.
Em declarações ao grupo ACI no aeroporto de Colombo, o Cardeal disse que o fato de que o Pontífice “nos visite é grandioso, e estamos muito contentes de que tenha feito este sacrifício. Sabemos que é um sacrifício para ele vir durante seu inverno para o calor do sol aqui. Estamos-lhe muito agradecidos”.
O Cardeal se referiu também à campanha eleitoral para as eleições no Sri Lanka, nas que foi eleito o novo presidente, Maithripala Sirisena: “houve uma grande pressão sobre os bispos para buscar deter o Santo Padre, para dizer que não viesse ou pospusesse sua viagem”.
O Cardeal disse ainda que ele mesmo foi afetado por esta pressão: “houve ataques pessoais também contra mim, mas seguimos adiante com isto e parece que o milagre se realizou, as eleições se desenvolveram sem contratempos e a mudança de mandato foi realizada muito pacificamente, por isso pudemos dar as boas-vindas ao Santo Padre da melhor maneira e como queríamos”.
A polêmica durante as eleições se deu porque, entre outras coisas, o e-xpresidente Mahinda Rajapaksa utilizou imagens de um encontro com o Papa Francisco para promover-se para a presidência. Conforme assinalam alguns analistas, isto desgostou a alguns setores da comunidade católica no Sri Lanka.
“Atuamos de boa fé e confiamos em Deus, porque nestes assuntos com a fé todo é possível. Assim, apesar dos ataques, seguimos adiante com a mesma valentia”, acrescentou o Cardeal.
A população congalesa, católicos ou não, saiu a recebê-lo ao longo de 28 quilômetros nos quais o Papa Francisco se deslocou em um papamóvel descoberto.
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Por parte do povo do Sri Lanka, 40 elefantes provenientes dos templos budistas de Colombo, foram “enfeitados” pelas autoridades para dar as boas-vindas ao Santo Padre.
“No moderado asiático se concentra mais de dois terços da população mundial, e os cristãos aqui são uma minoria, apenas 2,6 por cento. Vivemos no meio de muitos não cristãos, de modo que caminho da fé cristã está muito influenciada por suas crenças”, ressaltou também o purpurado cingalês.
Neste contexto, disse o cardeal Ranjith, “aprendemos deles e nos enriquecemos com o que está em sua fé, enquanto que nós lhes enriquecemos com nossas crenças. É o pão de cada dia dos cristãos aqui”.
O ponto alto da viagem do Papa ao Sri Lanka será a canonização do Beato José Vaz, o primeiro santo do país, no dia 14 de janeiro em Colombo. Essa mesma tarde, o Santo Padre celebrará uma oração Mariana no Santuário de Nossa Senhora do Madhu, um lugar que foi um refúgio dos cristãos perseguidos.
O Papa Francisco deixará o país em 15 de janeiro e viajará a Manila, Filipinas aonde permanecerá até em 19 de janeiro.
Acompanhe os passos do Papa no Sri Lanka com nosso especial: