Após 11 anos de obras de restauração, a Matriz Basílica de Nossa Senhora Aparecida, também conhecida como Basílica Velha, teve seu processo de restauração concluído e será oficialmente reinaugurada na próxima segunda-feira, dia 2 de fevereiro. A restauração estrutural e artística, que não interrompeu as atividades do local, trouxe de volta a arquitetura barroca da Matriz como em sua inauguração em 1888.

A iniciativa, do Santuário Nacional, contou com a coordenação da restauradora Cláudia Rangel. O início dos trabalhos foi em fevereiro de 2004, a partir da Capela do Santíssimo. Naquele mesmo ano as atividades também focaram nas janelas de madeira, que foram todas recuperadas, e nas peças de mármore do presbitério e do altar.

Ao longo desta década, foram recuperados muitos detalhes originais que estavam apagados pelas várias camadas de pintura que as paredes receberam no último século. Foram encontradas sete camadas de tinta nas paredes.

Na área sobre o altar os restauradores recuperaram uma pintura datada de 1904 que traz uma coroa circundada por dois anjos e ornamentada com uma guirlanda e uma flâmula, com a inscrição ‘Ave Maria’. Na tribuna leste do presbitério uma pintura do Espírito Santo também foi redescoberta.

Algumas intervenções, que ao longo dos anos contribuíram para a descaracterização do monumento, como a que substituiu todo o madeiramento original do teto por compensado, foram revertidas. Na área externa, as obras duraram um ano.

A finalização interna do restauro se deu com trabalhos na área do coro, da tribuna leste do presbitério e das tribunas da nave central. Estas duas últimas áreas ainda devem receber alguns detalhes finais.

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Durante a missa de reinauguração, que terá início às 18h15, o órgão de tubos, originário da Alemanha, que foi totalmente reconstruído, voltará a ser tocado pelo Maestro Sérgio Militello, organista da Capela Sistina, do Vaticano.

História

Com obras iniciadas em 1845 e concluídas em 1888, a igreja recebeu do Vaticano, em 1908, o título de Basílica de Aparecida. Em 1982, foi tombada como monumento de interesse histórico, religioso e arquitetônico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

A Imagem de Nossa Senhora Aparecida, encontrada no Rio Paraíba do Sul, ficou na Matriz Basílica até 1982, quando foi transferida em definitivo para a nova Basílica do Santuário Nacional.