ROMA, 3 de fev de 2015 às 13:22
O diretor de comunicações da Diocese de Maiduguri (Nigéria), Pe. Gedeón Obasogie, lamentou que os habitantes locais “estão atravessando momentos muito duros por causa da violência selvagem de Boko Haram”.
No começo de janeiro deste ano, o grupo extremista islâmico Boko Haram atacou 16 regiões da cidade nortenha de Baga (Nigéria), incendiando moradias e assassinando os habitantes que não conseguiram fugir. O estimado de vítimas mortais passa de dois mil.
Muitos dos sobreviventes escaparam para Maiduguri e para o país vizinho do Chade.
Boko Haram atacou Maiduguri na madrugada de 1º de fevereiro, mas foram combatidos pelo exército nigeriano e pelas milícias municipais. O ataque dos extremistas muçulmanos deixou um saldo de 82 mortos.
Em declarações dadas à agência vaticana Fides, o Pe. Gedeón Obasogie assinalou que “os ataques se tornaram ainda mais frequentes assim que os terroristas se aproximaram da cidade”.
“Os cristãos de Maiduguri estão realmente pagando o preço por sua fé. Este é o segundo domingo no qual somos obrigados a adiar a missa ou a não participar de nenhuma manheira”.
O Pe. Obasogie lamentou que “não podemos nem mesmo realizar uma reunião dominical para agradecer a Deus pelo seu amor e, em especial, para rezar para que as iminentes eleições sejam pacíficas: as ameaças se tornaram insuportáveis”.
“A violenta tentativa dos militantes islamistas radicais de Boko Haram de devastar Maiduguri foi terrificante. Pergunto-me quando tudo isso acabará”.
O sacerdote se questionou “é possível que, como nação, não temos a capacidade de dar um basta a tudo isso?”.