Os Bispos Católicos da Inglaterra e Gales criticaram a recente decisão da Câmara dos Comuns do Parlamento do Reino Unido de aprovar um projeto de lei que permitirá a concepção de bebês com o DNA de três pessoas diferentes, usando uma versão da fertilização in vitro (FIV).

Em um comunicado difundido em 3 de fevereiro, depois da votação da Câmara dos Comuns, os bispos denunciaram que este projeto de lei trata a vida humana “como material descartável”.

Em 3 de fevereiro a Câmara dos Comuns do Parlamento britânico aprovou por 328 votos contra 128 uma lei para permitir as técnicas de modificação de embriões.

Um dos objetivos destas técnicas é atender as mulheres com óvulos que apresentam mitocôndrias defeituosas.

Normalmente, as mitocôndrias convertem o alimento em energia que pode ser utilizada pelo corpo. As mitocôndrias defeituosas podem provocar diversas complicações, tais como danos cerebrais, atrofia muscular, insuficiência cardíaca e cegueira. As técnicas aprovadas procuram substituir as mitocôndrias da mãe pelas de um doador.

Os bispos criticaram que não tenham escutado “as genuínas e consideráveis preocupações de muitas pessoas”.

“Embora a Igreja reconheça o sofrimento que as doenças mitocondriais ocasionam, e espera que esses métodos alternativos de tratamento possam ser descobertos, mantém-se oposta a principio a estes procedimentos, onde a destruição de embriões humanos faz parte do processo”, indicaram.

A Igreja Católica na Inglaterra e Gales destacou que “isso se trata de uma vida humana com potencial, derivada de um pai e uma mãe, sendo usada como material descartável”.

“O embrião humano é uma nova vida humana com potencial”, destacaram os Bispos, assinalando que “deve ser respeitado e protegido desde o momento da concepção, e não deve ser usado como material descartável”, concluíram.
 

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