LOS ANGELES, 27 de fev de 2015 às 13:02
Floyd e Violet Hartwig, um casal da Califórnia (Estados Unidos) que tinha feito 67 anos de casamento, morreram por causas naturais de mãos dadas no dia 11 de fevereiro deste ano.
Violet, de 89 anos, sofria de demência senil há alguns anos, e a sua saúde recentemente começou a piorar. No final de janeiro, Floyd, de 90 anos, foi diagnosticado por um médico com insuficiência renal e que lhe restava apenas duas semanas de vida.
Quando souberam desta situação, os três filhos do casal norte-americano decidiram coloca-los juntos em uma clínica de cuidados paliativos.
Floyd e Violet se conheciam desde crianças, na escola primária. Apaixonaram-se pouco antes da Segunda Guerra Mundial, e se comunicavam por cartas durante o tempo em que Floyd serviu na Marinha norte-americana.
Eles se casaram em 16 de agosto de 1947, e tiveram três filhos: Carol, Kenneth e Donna.
Em declarações ao canal norte-americano ABC News, Donna Scharton descreveu os seus pais como “pessoas decentes que sempre estiveram comprometidos entre si, sem importar a situação”.
Donna recordou que o seu pai esteve na Marinha durante seis anos, e depois “trabalhou para a companhia J.B. Hill distribuindo ovos, e depois para uma empresa de alimentos”.
“A mãe ficou em casa, ajudou a cuidar do rancho, e cozinhava todas as comidas. Fazia o café da manhã para o pai às 4h30 da manhã todos os dias”, disse.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
A filha do casal assegurou que seus pais “eram muito devotos e quando papai chegava em casa sempre jantávamos juntos”.
“Lembro-me deles beijando-se para despedir-se todos os dias pela manhã. Lembro-me de mamãe chamando-o de loiro pois era loiro de olhos azuis”.
Inclusive ao final de sua vida, indicou, a principal preocupação de seu pai foi velar pela saúde de sua esposa.
Donna assinalou que Floyd “dizia ao médico ‘estou bem só quero que ela seja curada’”.
“Essa era a sua preocupação; não o quanto era ruim a sua dor, mas queria a minha mãe curada”, disse, assegurando que ela e seus irmãos “nos dávamos conta de que meu pai estava tendo muitas dores”.
Quando sentiram que se aproximava a hora da morte de seu pai “juntamos as camas do hospital para ficarem o mais perto possível. Juntamos as suas mãos, e meu pai morreu de mãos dadas com a minha mãe”.
Donna assinalou que a sua mãe “não estava consciente, mas dissemos que papai havia falecido e que estava esperando-a. Ela faleceu cinco horas depois”.
Cynthia Letson, filha de Donna, recordou que tudo o que importava para seus avós “era a sua família e foi fantástico que isso tenha acontecido no final”.