O Papa Francisco recebeu nesta manhã os participantes de um encontro de bispos amigos do Movimento dos Focolares e meditou com eles sobre a centralidade da Eucaristia, sobre o papel dos prelados da Igreja e sobre a proximidade com os cristãos em várias zonas de conflito pelo mundo.
 
Em seu discurso, o Santo Padre se referiu de maneira especial aos conflitos que atualmente ocorrem no Iraque e Síria, onde os terroristas do Estado Islâmico estão exterminando os cristãos sem que as forças internacionais façam algo para deter este massacre de milhares de fiéis e o êxodo de muitos outros; e à guerra que enfrentam os ucranianos e os separatistas pró-russos na qual já morreram mais de cinco mil pessoas.
 
O Santo Padre agradeceu de maneira particular a “vocês, irmãos, que vêm das terras ensanguentadas da Síria, Iraque, assim como da Ucrânia. No sofrimento que estão vivendo com o seu povo, vocês experimentam a força que vem de Jesus Eucaristia, força para ir adiante unidos na fé e na esperança”.
 
 “Na celebração cotidiana da Missa estamos unidos a vocês, rezamos por vocês oferecendo o Sacrifício de Cristo. Dele tomam força e significado também as diversas iniciativas de solidariedade em favor de suas Igrejas”, assegurou o Papa.
 
Na Sala Paulo VI, o Pontífice disse que “o carisma da unidade próprio da Obra de Maria (Focolares) está fortemente ancorado na Eucaristia, que lhe confere seu próprio caráter cristão e eclesial”.
 
“Sem Eucaristia, a unidade perderia o seu polo de atração divino e se reduziria a um sentimento e uma dinâmica somente humana, psicológica, sociológica. Pelo contrário, a Eucaristia garante que no centro esteja Cristo e que seja seu Espírito, o Espírito Santo, que mova nossos passos e nossas iniciativas de encontro e de comunhão”.
 

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O Pontífice destacou que “como bispos, reunimos as comunidades em torno da eucaristia, da mesa da Palavra e do Pão da vida. Este é o nosso serviço e é fundamental”.
 
“O bispo é princípio da unidade na Igreja, mas isto não se dá sem a eucaristia: o bispo não reúne o povo em torno da própria pessoa, ou das próprias ideias, mas em torno de Cristo presente em sua Palavra e no Sacramento de seu Corpo e Sangue”.
 
Sobre o mesmo tema, Francisco indicou que “na escola de Jesus, bom Pastor feito Cordeiro imolado e ressuscitado, o bispo reúne as ovelhas a Ele confiadas oferecendo sua vida, assumindo Ele mesmo uma forma de existência eucarística”.
 
“Assim o Bispo, conformado em Cristo, transforma-se em Evangelho vivo, em Pão repartido para a vida de muitos com a sua pregação e testemunho. Quem se nutre com fé de Cristo Pão vivo é empurrado por seu amor a dar a vida pelos irmãos e a sair para encontrar-se com aqueles que são marginalizados e desprezados”.
 

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Para terminar, animou-os “a levarem adiante seu trabalho em favor do caminho ecumênico e do diálogo inter-religioso. Agradeço-lhes pela contribuição que dão para uma maior comunhão entre os distintos movimentos eclesiais”.
 
Até sexta-feira, 6 de março, celebra-se o 38° Congresso de Bispos amigos do movimento. Está sendo realizado em Castel Gandolfo (aos subúrbios de Roma) com o título “Eucaristia, mistério de comunhão” e participam 60 bispos de 35 países distintos.