Por ocasião da Quaresma, alguns fiéis europeus seguem uma nova iniciativa ecumênica conhecida como o “Jejum do carro”, cujo objetivo é convidar todas as pessoas a cuidarem da criação.

O jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano (LOR), referiu-se recentemente a esta tradição que chega a sua décima oitava edição e que anima os cristãos a renunciarem à comodidade do carro durante as próximas quatro semanas.

A iniciativa surge “como forma de pequeno jejum e também como ato de responsabilidade no compromisso para reverter a mudança climática”, assinala LOR.

O “Jejum do carro” nasceu na diocese alemã de Trier em 1989 e se espalhou para outros países como Áustria ou Luxemburgo, onde de 1º a 29 de março muitos optam por usar o metrô, o ônibus ou a bicicleta para deslocar-se pela cidade.

Em Luxemburgo, além disso, a fundação católica Bridderlech Deelen, convida durante a Quaresma a arrecadar recursos para sustentar os projetos relacionados com a educação agrária e a agroecologia, assim como cursos de formação sobre a segurança alimentar na Guatemala, Quênia e a República Democrática do Congo.

A Quaresma é o tempo litúrgico do calendário cristão destinado à preparação espiritual da festa da Páscoa. Consiste em um tempo de purificação e iluminação, que propicia a prática do jejum.

Durante a Quaresma de 2014 o Papa Francisco afirmou que o jejum que Deus quer é o que se preocupa com a vida do irmão e convidou a não fazer dos Mandamentos uma “formalidade”, que troca a “vida religiosa” por “uma ética” e esquece a sua verdadeira raiz: “uma história de salvação, de escolha, de aliança”.
 

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