ROMA, 6 de abr de 2015 às 14:23
Morreram como mártires, assassinados por ódio à fé, pelas mãos dos terroristas do Estados Islâmico (ISIS) no mês de janeiro na Líbia. Agora um templo construído no seu país natal os recordará para sempre.
Na quarta-feira 1 de abril, na aldeia de Awar, perto de Samalot (Egito), colocou-se a primeira pedra da igreja dedicada aos “Mártires da Líbia”, os 21 egípcios coptos decapitados em território líbio pelos jihadistas.
Conforme informou a agência vaticana Fides, a cidade está situada a 25 quilômetros de Minya, na província da qual procedia a maioria das vítimas da barbárie.
Os 21 mártires morreram pronunciando por última vez as palavras “Senhor Jesus Cristo”, selando assim seu martírio e sua confiança na vitória do Ressuscitado.
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Depois do brutal assassinato, o presidente do país, Abdel Fattah Al-Sisi, aprovou a construção da igreja, e foi então que numerosos fiéis lançaram a proposta de dedicar o templo aos 21 cristãos.
Por sua parte, o Papa Francisco, ligou por telefone para o Patriarca da Igreja Ortodoxa Copta, Tawadros II, para expressar sua profunda dor e proximidade no sofrimento com a Igreja Copta, e ofereceu uma Missa pelos 21 cristãos assassinados da Casa Santa Marta no Vaticano.
“Oferecemos esta Missa por nossos 21 irmãos coptos, degolados somente pelo fato de serem cristãos. Rezemos por eles, para que o Senhor os acolha como mártires, por suas famílias e por meu irmão Tawadros que tanto sofre”, assinalou o Papa Francisco durante a Missa celebrada no dia 17 de fevereiro.
O governador de Minya realizou uma reunião do Comitê de Conciliação com representantes anciões cristãos e muçulmanos da região, na qual participaram também representantes do exército e das forças de segurança. As reuniões de conciliação e a intervenção dos tribunais e dos militares também serviram para superar protestos e resistências que grupos islamistas locais tinham gerado em uma tentativa de bloquear o projeto de construção da igreja, que é patrocinado pelo governo.