MADRI, 21 de abr de 2005 às 14:09
A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) emitiu, junto com representantes de outras denominações cristãs e confissões religiosas, um comunicado que recorda que o matrimônio entre um homem e uma mulher "foi e é uma instituição fundamental na história das sociedades de nosso entorno cultural".O texto foi assinado pelo Presidente da Comissão Episcopal de Relações Interconfissionais da CEE, Dom. Adolfo González Montes; o Presidente da Federação Comunidades Judaicas, Jacobo Israel Garzón; o Presidente da Federação de Entidades Religiosas Evangélicas, José María Baena Acebal; e o Deán da Catedral Ortodoxa Grega em Madri, Arcipreste Dimitri Tsiamparlis.
O comunicado foi publicado "com ocasião do debate parlamentar sobre o Projeto de lei de modificação do Código Civil", que "pretende modificar a instituição do matrimônio" para que seja contraído por pessoas do mesmo sexo.
Diante disso, recordam que "o matrimônio monogâmico heterossexual é parte da tradição judaico-cristã" e de outras confissões religiosas, cuja estrutura foi e é básica na história da sociedade espanhola.
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Depois de destacar seu pedido de que "não se modifique a estrutura do matrimônio", os assinantes assinalam que qualquer mudança "requer uma profunda reflexão e um amplo diálogo", tal como "ocorre com importantes instituições do Estado".
O texto indica que "os direitos que se queiram ou devam reconhecer a outro tipo de uniões" diferentes ao matrimônio não devem afetar sua essência e identidade.
Acrescenta, finalmente, que no caso das uniões de fato, "deveria-se ir ao direito comum para obter a tutela de situações jurídicas de interesse recíproco".