A polícia italiana prendeu nove pessoas - na ilha de Sardenha e em outras sete regiões – que pertencem a uma célula do grupo terrorista Al Qaeda, a mesma que teria planejado um atentado contra a Santa Sé em 2010. Por sua parte, o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, negou que atualmente haja uma preocupação por um ataque terrorista.

A Procuradoria pública de Cagliari conduziu as investigações para desmantelar uma rede de organização terrorista Al Qaeda, na Itália.

O procurador público Mauro Mura assinalou que, durante as intervenções realizadas nos últimos anos, encontraram "sinais da preparação de um possível atentado no Vaticano em 2010".

Estas revelações surgiram durante a investigação iniciada em 2009 para fortalecer a segurança, por motivo da celebração da cúpula do G8 na cidade italiana La Maddalena.

Nesse sentido, foram emitidas 20 ordens de prisão, e nove pessoas foram detidas, oito paquistaneses e um afegão, enquanto outros três estão desaparecidos e o resto abandonou a Itália.

As prisões foram feitas nas cidades de Sassari, Bérgamo, Macerata, Roma, Frosinone e Foggia, e os detidos foram acusados de terrorismo no exterior e de favorecer a imigração clandestina.

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Contato com Osama Bin Laden

A Procuradoria pública indicou que das escutas telefônicas conclui-se que as famílias de dois dos paquistaneses detidos tinham contato direto com o líder do Al Qaeda, Osama Bin Laden, assassinado no mês de maio de 2011.

Esta rede estaria implicada em alguns atentados terroristas, como o que acorreu em Peshawar (Paquistão) em 2009, deixando cerca de cem pessoas mortas. Além disso, os membros possuíam armas e alistavam pessoas com a finalidade de envia-las a atos terroristas no Paquistão e no Afeganistão, acrescenta a nota oficial.

Por sua parte, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, rejeitou nesta sexta-feira que exista no Vaticano uma preocupação por algum ataque terrorista, após o anúncio da prisão dos terroristas em território italiano.  

"Pelo pouco que sabemos parece ser uma hipótese do ano de 2010. Portanto, hoje em dia, não é relevante e não há razão para preocupações ", assinalou o porta-voz em informação divulgada pela agência ANSA.