VATICANO, 31 de mai de 2015 às 13:46
O Papa Francisco, ao presidir a oração do Ângelus da janela do estúdio Pontifício, explicou o significado da festa da Santíssima Trindade que se celebra este domingo. Segundo o Papa, a Trindade é o mistério que convida a viver o amor para com o próximo, sem egoísmos e assim testemunhar a vida cristã “de acordo à beleza do Evangelho”, “compartilhando alegrias e sofrimentos, aprendendo a pedir e conceder o perdão, valorizando os diversos carismas sob a guia dos pastores”.
Esta comunhão, disse o Papa, “é a vida de Deus, o mistério de amor do Deus Vivo”, um mistério que nos revelou Jesus.
O Papa explicou que “a Trindade é comunhão de Pessoas divinas, as quais são uma com a outra, uma para a outra e uma na outra”.
Jesus “nos falou de Deus como Pai; disse-nos do Espírito Santo; e nos falou de Si próprio como Filho de Deus”, mas também “enviou seus discípulos a evangelizar as pessoas” e a batizá-las “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
É um mandato que “o dirige também a cada um de nós que, pela força do Batismo, fazemos parte de sua Comunidade” e em relação à solenidade deste dia “nos renova a missão de viver a comunhão com Deus e entre nós sobre o modelo da trindade”.
O Santo Padre sublinhou que, portanto, “estamos chamados a viver não os uns sem os outros, sobre ou contra os outros” a não ser “os uns com os outros, pelos outros e nos outros” já que “isto significa acolher e testemunhar de acordo à beleza do Evangelho; viver o amor recíproco e para todos, compartilhando alegrias e sofrimentos, aprendendo a pedir e conceder o perdão, valorizando os diversos carismas sob a guia dos pastores”.
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Em resumo, Cristo “nos confiou a tarefa de edificar comunidades eclesiásticas que sejam sempre mais família, capazes de refletir o esplendor da Trindade e de evangelizar não só com as palavras, mas com a força do amor de Deus que habita em nós”.
O Santo Padre destacou que “o caminho da vida cristã é, com efeito, um caminho essencialmente ‘trinitário’” em que “o Espírito Santo nos guia à plena consciência dos ensinamentos de Cristo, de seu Evangelho; e Jesus, à sua vez, veio ao mundo para nos dar a conhecer o Pai, para nos guiar a Ele, para nos reconciliar com Ele”.
Francisco assegurou que tudo na vida cristã vive em torno do mistério trinitário e pediu “manter sempre alto o ‘tom’ da nossa vida, recordando-nos a glória pela qual, trabalhamos, lutamos, sofremos”.
O Papa explicou que “este mistério abraça toda nossa vida e todo nosso ser cristão e nos recordamos isso cada vez que fazemos o sinal da cruz: ‘no nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo’. E Agora lhes convido –disse– a fazer todos juntos com voz forte este sinal da cruz, todos juntos!: ‘Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo’.
O Papa recordou que o mês de maio é o da Virgem Maria e alentou os fiéis a confiar-se a Ela para que “nos guie pela mão; ajude-nos a acolher nos acontecimentos do mundo os sinais da presença de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo; nos dê amor pelo Senhor Jesus com todo o coração para caminhar para a visão da Trindade”.
“Pedimos a Ela também que ajude a Igreja, que seja mistério de comunhão, para ser sempre comunidade hospitaleira, onde cada pessoa, especialmente a pobre e marginada, possa encontrar acolhida e sentir-se filha de Deus, querida e amada”, concluiu.