Uma mulher cristã de 80 anos foi queimada viva pelos extremistas do Estado Islâmico (ISIS) no povoado de Karamlish, localizado a 20 km de Mosul (norte do Iraque) porque não ter aceito converter-se ao Islã.

Sa´ed Manuzini, representante do Partido Democrático do Curdistão em Mosul, alertou na terça-feira passada ao jornal BasNews: “Os terroristas do ISIS queimaram viva uma idosa, em uma localidade ao leste da cidade. Os aldeões informaram que esta mulher -cujo nome se desconhece- foi assassinada pelos extremistas por negar se submeter à ‘lei da Sharia’. ” A Sharia, ou Xaria, é a lei islâmica que proíbe entre outras coisas a prática de outras religiões.

Karamlish é uma das doze aldeias cristão-assírias, localizada na planície de Nínive, que junto com a cidade de Mosul foram ocupadas pelo ISIS em junho do ano passado. Do mesmo modo, denunciaram a destruição de numerosas igrejas.

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A agência de notícias Assyrian International News indicou: “Cerca de 200 mil pessoas fugiram dos povoados assírios e procuraram refúgio no norte do Curdistão. Entretanto, alguns habitantes ficaram nos povoados pois são idosos ou deficientes físicos, portanto, impedidos de mobilizar-se”.

Desde sua invasão no Iraque e na Síria, o ISIS assassinou um número desconhecido de cristãos, causando além disso a emigração de centenas de milhares. Os cristãos que não aceitam converter-se ao Islã, são obrigados pelos terroristas muçulmanos a abandonarem suas casas ou pagar um alto imposto por não converter-se. Entretanto, na maioria dos casos o ISIS aplica a pena de morte, como o fez com 21 cristãos decapitados na Síria no início do ano que não quiseram abrir mão da fé e foram reconhecidos como mártires na Igreja copta.