Roma, 5 de jun de 2015 às 15:49
"Somente peço poder continuar cuidando dele”, este foi o pedido que uma mãe francesa suplicou ao Tribunal Europeu de Direitos humanos (TEDH), pois nesta sexta-feira decidirá durante uma audiência pública se praticarão ou não a eutanásia em Vincent Lambert, com apenas 38 anos, que neste momento ele segue em estado de tetraplegia indefinida.
Le cas de Vincent Lambert examiné par la Cour européenne des droits de l'homme http://t.co/HiFud991zX pic.twitter.com/k79jT6ztkc
— Libération (@libe) 7 janeiro 2015
Lambert sofreu um acidente de trânsito em 2008, ocasionando um severo dano cerebral e desde este ano ficou em estado de tetraplegia indefinida. Embora os médicos do Hospital do Reims (França), informaram que mexe seus olhos e sente dor, em 2013 disseram que já não podiam fazer nada e perguntaram se podiam desconectá-lo da sonda que o alimenta e hidrata.
Entretanto, enquanto os pais de Vincent, Pierre e Viviane Lambert -católicos praticantes-, e dois dos oito irmãos estão contra a prática de uma “eutanásia encoberta”; a esposa Rachel Lambert e seus outros seis irmãos querem retirar a sonda, alegando que Vincent ‘não quer viver dessa maneira’.
Em declarações ao jornal ‘Le Parisien’, a mãe declarou: “Este não é o fim da vida do meu filho, eu sei que com certeza ele sente as coisas. Tem uma deficiência grave, mas ainda pode progredir. Mas há dois anos mora numa habitação fechada, com o teto como único horizonte. Isto é um abuso. Inclusive devemos apresentar nossos documentos de identidade para vê-lo! Meu marido e eu intercalamos para vê-lo todos os dias”.
Frente a oposição dos pais a prática da eutanásia, Rachel e os seus seis irmãos recorreram ao Conselho de Estado Francês, apoiando-se na ‘Lei Leonetti de 2005’, na qual autoriza a eutanásia para os doentes em estado vegetativo irreversível.
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No mês de junho de 2014, este Conselho autorizou as pratica da eutanásia e argumentou: “Continuar o tratamento de Lambert seria uma obstinação sem razão”.
Em seguido, os pais de Vincent recorreram ao TEDH e assinalaram: “A Lei de 2005 não poderá ser aplicada no seu filho, pois o seu dano não é irreversível”. O Tribunal ordenou ao Governo Francês mantê-lo enquanto analisam o caso.
“Meu filho não está no final da sua vida”
“A decisão do Tribunal Eleitoral de Direitos Humanos (TEDH) é iminente. Eles pretendem ‘tirar a vida’ do filho que eu trouxe ao mundo, deixando que morra de fome e de sede. Eu, sua mãe, somente peço uma coisa: Continuar cuidando dele”, declarou Viviane à revista ‘Famille Chrétienne’.
Viviane Lambert não está disposta a desistir, ela participou da última Marcha pela Vida na França, contra o aborto e a eutanásia e publicou um livro no dia 6 de maio titulado “Pour la vie de mon fils” (Pela vida do meu filho).
Na véspera da publicação do seu libro, pediu fazer uma visita ao presidente da França, François Hollande para escutar ‘uma mãe desesperada que simplesmente quer falar da situação atual do seu filho e que este não está no final da vida”, declarou à ‘Le Fígaro’. Infelizmente, a mulher não foi recebida pelo presidente.
Diante deste caso, a Fundação ‘Jérôme Lejeune’ lançou uma campanha para reunir assinaturas e apresenta-las ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos com o objetivo de salvar Vincent Lambert. Atualmente já foram recolhidas mais de 35.000 assinaturas.
Se você quiser a assinar o pedido acesse a página: http://www.jesoutiensvincent.com