Roma, 8 de jun de 2015 às 14:55
O Papa Francisco não quer que os mais pobres fiquem sem visitar o Santo Sudário que está na cidade de Turim, localizada no norte da Itália, e financiou uma peregrinação de vários dias, para umas 50 pessoas indigentes e doentes da Diocese de Roma, com o objetivo de que todos tenham um momento de recolhimento e oração diante desta relíquia de Jesus Cristo.
A visita ao Santo Sudário foi realizada no dia 4 de junho e foi possível graças ao Elimosineiro Pontifício, Mons. Konrad Krajewski.
Os indigentes foram acolhidos em Cotolengo de Turim no dia 3 de junho e foram acompanhados pelo Pe. Antonio Nicolai, pároco da Igreja Santa Luzia em Roma, na qual normalmente centenas de migrantes e italianos indigentes recebem alimento e assistência médica.
“O Papa Francisco ofereceu esta viagem a nossos irmãos indigentes porque soube desta peregrinação através do Esmoleiro Pontifício e quis doar uma contribuição para que estas pessoas que vivem em condições precárias e que têm a convicção de que, da mesma maneira que o Sudário, eles representam o rosto de Nosso Senhor Jesus Cristo que sofre”, explicou o Pe. Nicolai, em declarações ao jornal italiano ‘Mi-Lorenteggio’.
“Aqui hospedamos pessoas indigentes durante a temporada do inverno e acolhemos também aos nossos irmãos para que vivam uma experiência de alegria em comunidade, através da qual todos os doentes e hóspedes se sintam acolhidos e únicos, cada um com um valor inumerável, conforme os ensinamentos de São José Cotolengo, e como demonstra a mensagem do maior amor que podemos contemplar no Sudário”, declarou a religiosa Josefina Fornoni, do Cotolengo em Turim ao jornal ‘Mi-Lorenteggio’.
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O Santo Sudário é o manto que envolveu o corpo de Jesus Cristo depois da sua Paixão e Crucificação.
Até o momento a ciência não pôde explicar a origem desta impressão, nem imitá-la. Além disto, alguns restos de pólen coincidem com a espécie utilizada nos unguentos usados para envolver os cadáveres dos sepulcros judeus durante o século I da era cristã.
A relíquia do Santo Sudário não costuma estar exposta ao público e foi aberta extraordinariamente neste ano com motivo da celebração do Bicentenário do nascimento de São João Bosco. Esta exposição está sendo realizada entre os dias 20 de abril até o dia 24 de junho na cidade de Turim.
Os primeiros cristãos levaram consigo o Santo Sudário com o fim de preserva-lo da perseguição. De Jerusalém e ao longo dos séculos, a relíquia passou por Edesa, Constantinopla, Atenas, Lirey, Chambery e finalmente, chegou a Turim. Foi objeto de numerosas investigações e encontraram que este percurso descrito pela história da Igreja, coincide com a procedência dos 57 tipos de pólen que aparecem incrustados no tecido.
Durante sua permanência na França, no ano 1632, o Santo Sudário foi resgatado de ser consumido durante um incêndio. Este fato impede que atualmente os cientistas saibam com segurança a sua origem, pois as mudanças químicas que foram produzidas em uma reação química como a combustão, falsificam os resultados da prova de datação com Carbono 14.