JERUSALÉM, 23 de jun de 2015 às 13:40
Milhares de cristãos realizaram uma manifestação ontem na Igreja da Multiplicação dos pães em Tagbha (Israel), o templo supostamente foi incendiado por judeus radicais não identificados no dia 18 de junho.
Thousands of Palestinian citizens of Israel protest at arson of historic church in Tabgha http://t.co/7KAX4l0Cpm pic.twitter.com/UkEdvpsHuw
— Ben White (@benabyad) 21 junho 2015
Segundo a Agência Fides, do Vaticano, “os cristãos foram ao templo pois seria realizada uma reabertura do local para a celebração da Missa dominical, solenizada pelo Patriarca Emérito de Jerusalém dos Latinos, Dom Michel Sabbah.
Entretanto, o encontro se transformou em uma manifestação, porque, após a Missa, centenas de jovens marcharam pela estrada levando cruzes e bandeiras do Vaticano.
Também diziam em voz alta que não permitiriam aos extremistas a perturbação do espírito de convivência e a aceitação religiosa de Israel e cantavam hinos em honra a Cristo e a Virgem.
Um dos motivos que suscitou a reclamação dos cristãos foi o ver o escrito em hebreu bíblico que os extremistas pintaram em uma das paredes do templo que dizia: “Os falsos ídolos serão arrancados”. Esta frase pertence a uma oração judia “Alénou LeShabéah”.
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#Incendio provocado en la #Iglesia de #Tagbha, del #milagro de los panes y los peces. http://t.co/bvWjsK0EXl pic.twitter.com/pF2LmYWr85
— Diario SUR (@DiarioSUR) 19 junho 2015
Nesta oração, repetida pelos judeus três vezes ao final de cada prece, pedem à Deus que ‘aniquile os ídolos e os pagãos de Israel’.
Este atentado foi condenado por diversos políticos e diplomáticos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahou, denunciou o incêndio como um ato violento que afetou todos os israelenses.
A polícia israelense continua com as investigações para encontrar os responsáveis pelo atentado contra a Igreja em Tagbha.
Durante a semana passada, detiveram e interrogaram 16 judeus suspeitos. Eles eram estudantes de uma yeshiva (escola judia) localizada em Yitzar, onde os radicais ensinam a sua doutrina à crianças e adolescentes sob a ordem de que as outras religiões têm ‘um preço por pagar’, mas nenhum teve participação no incêndio.