Milhares de cristãos realizaram uma manifestação ontem na Igreja da Multiplicação dos pães em Tagbha (Israel), o templo supostamente foi incendiado por judeus radicais não identificados no dia 18 de junho.

Segundo a Agência Fides, do Vaticano, “os cristãos foram ao templo pois seria realizada uma reabertura do local para a celebração da Missa dominical, solenizada pelo Patriarca Emérito de Jerusalém dos Latinos, Dom Michel Sabbah.

Entretanto, o encontro se transformou em uma manifestação, porque, após a Missa, centenas de jovens marcharam pela estrada levando cruzes e bandeiras do Vaticano.

Também diziam em voz alta que não permitiriam aos extremistas a perturbação do espírito de convivência e a aceitação religiosa de Israel e cantavam hinos em honra a Cristo e a Virgem.

Um dos motivos que suscitou a reclamação dos cristãos foi o ver o escrito em hebreu bíblico que os extremistas pintaram em uma das paredes do templo que dizia: “Os falsos ídolos serão arrancados”. Esta frase pertence a uma oração judia “Alénou LeShabéah”.

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Nesta oração, repetida pelos judeus três vezes ao final de cada prece, pedem à Deus que ‘aniquile os ídolos e os pagãos de Israel’.

Este atentado foi condenado por diversos políticos e diplomáticos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahou, denunciou o incêndio como um ato violento que afetou todos os israelenses.

A polícia israelense continua com as investigações para encontrar os responsáveis pelo atentado contra a Igreja em Tagbha.

Durante a semana passada, detiveram e interrogaram 16 judeus suspeitos. Eles eram estudantes de uma yeshiva (escola judia) localizada em Yitzar, onde os radicais ensinam a sua doutrina à crianças e adolescentes sob a ordem de que as outras religiões têm ‘um preço por pagar’, mas nenhum teve participação no incêndio.