Porta-voz vaticano: Não esperem discursos políticos do Papa durante a sua viagem à América do Sul

VATICANO, 2 de jul de 2015 às 12:28

“O Papa Francisco visitará a América Latina ‘por uma razão pastoral’ e não para entrar em questões políticas”, afirmou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, fazendo referência à viagem a ser realizada entre os dias 5 e 13 de julho ao Equador, à Bolívia e ao Paraguai.

O jornal boliviano ‘El Deber’ perguntou ao porta-voz vaticano: “O Santo Padre abordará durante a sua viagem sobre conflito diplomático entre a Bolívia e o Chile –para que lhe devolva sua saída para o oceano pacífico, perdida na guerra de 1879-, e atualmente está em julgamento na Corte Internacional de Justiça de ‘La Haya’, impulsionado pelo governo de Evo Morales? ”.

“Acho que o Papa Francisco não abordará especificamente nenhum tema político”, respondeu o Pe. Lombardi. E disse ainda: “Sua viagem é por motivos pastorais, para acompanhar o povo, anunciar o Evangelho, para exortar as vocações (sacerdotais), acredito que o tema das fronteiras entre a Bolívia e o Chile não será algo específico durante a sua viagem. Acho que o Pontífice não entrará em assuntos políticos. Acho que não existe uma iniciativa específica com respeito a esta questão”, reiterou.

Durante a entrevista difundida nesta quarta-feira, o Pe. Lombardi indicou: “O Papa Francisco dará mensagens de esperança aos povos e será bem acolhido. Acho que continuará sua missão em continuação com o documento de Aparecida (2007) e também sobre a alegria do Evangelho, pois este é o lema da sua visita aos três países”.

“Estas foram as mensagens publicou em sua última encíclica e terá muitas coisas que mencionar sobre a situação social e espiritual nestes países”.

Em conclusão o Pe. Lombardi disse: “A preparação desta viagem demorou meses de trabalho para elaborar o programa, os documentos e outras tarefas particulares, como por exemplo, a comunicação ou a preparação dos discursos. Estamos muito contentes, porque sabemos que será uma viagem muito interessante, na qual o Santo Padre poderá expressar-se de uma forma muito espontânea e intensa, pois estará praticamente em sua casa, em seu continente”.