ROMA, 2 de jul de 2015 às 17:20
O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Peter Turkson, esteve na sede da ONU em Nova Iorque (Estados Unidos) e convidou os membros deste organismo a lerem a nova encíclica do Papa Francisco sobre a criação, ‘Laudato Si’.
Conforme informou o jornal da Santa Sé, L'Osservatore Romano, o Cardeal Turkson disse no dia 29 de junho ante a sede da ONU: “Para ultrapassar a pobreza e reduzir a degradação ambiental requer uma séria revisão do modelo dominante de desenvolvimento, de produção, de comércio e de consumo. E esta corajosa revisão desta lógica somente acontecerá se acatarmos o apelo do Santo Padre através da encíclica Laudato Si”.
O Cardeal Turkson participou da reunião de alto nível sobre a mudança climática celebrada no emblemático Palácio de Cristal de Nova Iorque, com o objetivo de transmitir os convites do Papa Francisco para “procurar outros modos de entender o progresso”.
O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz explicou: “O clima é um bem comum de todos e para todos e se seguimos a tendência atual, este século poderia ser testemunha de mudanças climáticas assombrosas e de uma destruição sem precedentes dos ecossistemas, com graves consequências para a humanidade inteira”.
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Inspirado nas conclusões da Cúpula celebrada no Rio de Janeiro em 1992, que proclamou a ‘centralidade dos seres humanos em matéria de desenvolvimento sustentável’, o Cardeal Turkson destacou “a nova encíclica dedicada aos cuidados da casa comum, publicada pelo Papa Francisco, na qual encoraja os governos do mundo inteiro a terem um olhar integral sobre a questão da ecologia – abordagem necessária para um desenvolvimento inclusivo e proteger nosso Planeta”.
O Cardeal Peter Turkson expressou: “Temos esperança de que os estudos dos especialistas sobre mudança climática da sede da ONU possam ver e sentir profundamente como sofrem os pobres e como a Terra está sendo maltratada”.
Efetivamente, declarou o Cardeal: “O maior desafio não é tanto científico e tecnológico, quanto de mente e coração”.
A lógica que não nos permite “alcançar o objetivo de erradicar a pobreza” é a mesma que faz que seja difícil tomar decisões radicais para reverter a tendência de aquecimento global. Por isso, “a dimensão política tem de restabelecer o controle democrático sobre a economia e as finanças”, concluiu o Cardeal Turkson.